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O tiro acertou Louise no ombro, um lugar não vital, mas Greta não sabia disso. Louise cambaleou para trás, e Brahms a segurou, seus olhos arregalados de surpresa.
— Sua vadia!-Brahms esbravejou -

Greta, acreditando ter ferido Louise gravemente, saiu correndo, aproveitando que a portinhola estava aberta desde a hora que Brahms havia chegado.

Brahms deixou Louise e foi atrás de Greta, que corria pelo jardim escuro tentando chegar à mansão. Greta corria desesperada, mas tropeçou e deixou a arma cair. Não teve tempo de pegá-la, pois Brahms estava vindo logo atrás, furioso.

— Greta! Volte aqui!- gritou Brahms, sua voz cheia de raiva. — Você não vai escapar dessa, sua vagabunda!

Greta continuou correndo, seu coração batendo acelerado, enquanto ouvia os passos de Brahms se aproximando.
— Não adianta correr Greta, eu vou achar você! - ele gritou, sua voz ecoando pelo jardim escuro.

Greta correu para a mansão, com Brahms logo atrás. Ela empurrou a porta para fechá-la, mas Brahms a empurrou com mais força, derrubando Greta no chão. Ele a puxou pelo cabelo.
— Me larga!!-gritou,— Socorro!!

— Sua maldita! Por quê você atirou nela?!-Brahms falou enfurecido enquanto segurava Greta pelos cabelos ainda no chão-

Ela então deu uma cotovelada em Brahms, fazendo ele vacilar por um instante e nesse momento ela conseguiu se soltar e correu para a cozinha, com Brahms em seu encalço.

Desesperada, Greta começou a abrir as gavetas, procurando uma faca.
— Vamos, vamos...onde está?

Brahms riu dela, um som frio e desdenhoso.
—Se está procurando uma faca, está perdendo seu tempo. -disse ele -

— Você pensou em tudo  não é?-ela perguntou- ofegante e assustada -

— Antes mesmo de saber que você estaria aqui.-ele respondeu ,— Eu não queria correr o risco que o idiota do Dylan bancasse o herói.

Brahms então disse, com um tom frio e calculista, —Aliás, isso só piorou a situação para ele. E com você não vai ser diferente.

Ele fez uma pausa com olhar sério:
—Você não devia ter atirado, Greta.

Greta, ainda ofegante e assustada, respondeu, — Eu não tive culpa se Louise entrou na frente! E, sinceramente, eu não sei qual de vocês dois é mais louco.
— Eu não devia ter voltado aqui.

— Agora é tarde,- disse ele se aproximando -

Brahms avançou rapidamente até Greta, mas ela correu para o lado, fazendo com que ele esbarrasse na pia. Ele se recuperou rapidamente e foi atrás dela, iniciando uma confusão na cozinha. Greta tentava se defender, e os dois esbarravam e derrubavam coisas, criando um caos ao seu redor.

Brahms finalmente conseguiu segurá-la, suas mãos firmes em seus braços. Ele então a pressionou contra o balcão e começou a apertar seu pescoço.
— Eu vou acabar com você! É o que eu devia ter feito a muito tempo.

Greta lutava para respirar, sentindo a pressão aumentar. —Você pode até acabar comigo,- disse ela com dificuldade, — mas não vai sair daqui ileso.

Greta tateou as mãos pelo balcão, desesperada, até sentir uma garrafa. Sem hesitar, ela acertou a cabeça de Brahms com força, fazendo a garrafa quebrar em mil pedaços. Brahms a soltou imediatamente, cambaleando para trás, atordoado pelo golpe.

Aproveitando o momento, Greta levantou a garrafa quebrada, ameaçando Brahms com os cacos afiados. Ele parecia encurralado, seus olhos fixos na arma improvisada nas mãos de Greta.

Uma Vez Com BrahmsWhere stories live. Discover now