Algum tempo havia se passado desde que levou as duas, então Brahms saíra do alçapão. Greta começou a despertar lentamente, sentindo uma dor latejante na cabeça. Com um gemido baixo, ela levou a mão à cabeça e sentiu o ferimento, uma sensação úmida e pegajosa indicando que ainda havia sangue.
Ela abriu os olhos devagar, piscando para ajustar a visão à penumbra do alçapão. O ambiente era frio e úmido, com paredes de pedra que pareciam absorver qualquer som. Greta olhou ao redor, tentando entender onde estava. A sensação de estar presa começou a tomar conta dela, aumentando sua ansiedade.
Ao virar a cabeça, Greta viu Louise deitada ao seu lado, ainda desacordada. O coração de Greta apertou ao vê-la naquele estado. Ela tentou se mover, mas a dor na cabeça a fez parar por um momento. Respirando fundo, ela se forçou a ignorar a dor e se arrastou lentamente até Louise, tocando seu ombro com cuidado.
- Louise... - sussurrou Greta, a voz fraca e trêmula. - Louise, acorde...
Ela estava preocupada e com medo, esperando por qualquer sinal de resposta de Louise.
Ela se levantou devagar, ainda sentindo a cabeça latejar. Ela andou até a escada que levava à porta do alçapão. Estendeu os braços e empurrou a porta para cima com todas as suas forças, mas nada aconteceu. A porta não se moveu nem um centímetro. Frustrada, Greta soltou um suspiro e voltou para onde Louise estava deitada.
Enquanto se aproximava, Louise começou a recobrar a consciência. Seus olhos se abriram lentamente, e ela piscou várias vezes, tentando entender onde estava. Ao perceber que estava presa, seu coração disparou. Ela se sentou rapidamente, olhando ao redor com pânico nos olhos.
- O que aconteceu? - perguntou Louise, a voz trêmula de medo.
Greta, ainda frustrada, respondeu com um toque de ironia na voz:
- O seu príncipe encantado nos prendeu aqui.
Louise olhou para Greta, sentindo-se culpada.
- Brahms... - murmurou, quase inaudível.
- Pois é, seu querido Brahms nos prendeu aqui. Espero de verdade que você não esteja surpresa - disse Greta, com um tom de ironia. - Eu tentei te avisar, Louise. Dylan tentou te avisar...
Nesse momento, do outro lado da porta de ferro da minúscula sala, Dylan ouviu as vozes das duas.
- Greta? Greta, é você? - gritou ele, desesperado.
Louise e Greta ouviram a voz de Dylan do outro lado da porta de ferro. As duas se correram rapidamente até a porta, a esperança e o desespero estampados em seus rostos.
- Greta? Greta, por favor, abra a porta! - gritou Dylan, a voz cheia de desespero. - Brahms me prendeu aqui. Foi uma armadilha!
Greta encostou a testa na porta, sentindo a frustração crescer dentro de si.
- Eu já sei, Dylan. Nós também estamos presas aqui - respondeu ela, a voz carregada de amargura.
- Louise está aí com você? - perguntou Dylan, a preocupação evidente em seu tom.
Louise se aproximou da porta, a voz trêmula.
- Sim, estou aqui, Dylan.
Houve um momento de silêncio do outro lado da porta. Louise sentiu o peso da culpa aumentar.
- Eu sinto muito, Dylan - disse ela, a voz cheia de arrependimento.
Dylan suspirou, sua voz agora mais calma, mas ainda carregada de tristeza e frustração.
- Você sente, é? -perguntou frustado, - Pois então não sinta. Eu é que tenho que sentir por ter sido tão idiota em tentar te ajudar. Se eu não tivesse vindo até aqui, nada disso teria acontecido.
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Uma Vez Com Brahms
Fanfiction🚫 PROIBIDO PARA MENORES DE 18🚫 CONTÉM HOT 🔥 Cinco anos após Greta sair da casa dos Hellshire, o imóvel vai a leilão e é arrematado por Louise Monrad, uma jovem de vinte e seis anos apaixonada por arte. Louise até então cética para alguns aspecto...
