Uma Vez Com Brahms

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Brahms se aproximava cada vez mais, dando passos lentos e calculados. Louise, com a arma ainda tremendo em suas mãos, olhou para ele com lágrimas nos olhos.

- Por que você está fazendo isso? - perguntou Louise, com a voz cheia de medo e confusão.

Brahms parou por um momento, seus olhos fixos nos dela.

- Por que você não falou sobre Greta? - rebateu ele, a voz fria e acusadora. Por que não disse que ela estava por aqui?

- Acredite, foi uma surpresa para mim também. Eu não fazia ideia de que a encontraria.- respondeu -

Ela respirou fundo e continuo a falar , sua voz um pouco trêmula.
- Eu... eu não soube exatamente como reagir quando soube de Greta - disse Louise, a tristeza evidente em seu tom. - Eu também senti medo do que poderia acontecer.

Ela fez uma pausa, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam cair.
- Eu tentei proteger você, Brahms. Não queria que Greta o expusesse. Eu pensei que estava fazendo a coisa certa.

Louise estava sendo sincera em suas palavras, mas a tristeza em sua voz era inegável. Ela olhou para Brahms, esperando que ele entendesse a profundidade de seus sentimentos e a complexidade de suas ações.

Brahms já estava bem perto de Louise, seus olhos fixos nos dela. Ele a chamou suavemente.
- Meu amor, eu entendo que você queria me proteger - disse ele, com uma voz suave e quase carinhosa.

Com delicadeza, Brahms tirou a arma das mãos trêmulas de Louise, seus dedos roçando os dela. Ele a puxou para um abraço, envolvendo-a com seus braços. Louise estava confusa, a tensão em seu corpo evidente enquanto ela tremia ligeiramente. Brahms a abraçou mais forte, inclinando-se para sentir o aroma dos cabelos dela, um gesto que parecia quase íntimo.

- Só não entendo uma coisa... - murmurou Brahms, sua voz suave contrastando com a intensidade da situação.
- Como você beijar Dylan vai me proteger?

Louise se afastou rapidamente, surpresa pelo comentário sorrateiro de Brahms. Seus olhos se arregalaram enquanto ela olhava para ele, tentando juntar as peças do quebra-cabeça. A confusão e a dor eram evidentes em sua expressão.

- Como...? Como você sabe? - perguntou ela, a voz trêmula.

Brahms balançou a cabeça, ainda sorrindo.
- Essa é a pergunta errada, Louise. Como eu sei não importa. O que importa é que você pode perguntar a Dylan mais tarde.

Louise tentou se explicar, a voz cheia de desespero.
- Brahms, não é nada do que você está pensando.

Brahms a interrompeu, sua expressão se tornando mais séria.
- Não se trata do que eu penso, Louise. Se trata do que eu vi. Vocês dois como dois passarinhos apaixonados...

- Então... a história do casal de pássaros era sobre mim? - perguntou Louise, a voz trêmula e cheia de incredulidade.

Brahms colocou a arma na cintura e começou a bater palmas de forma sarcástica, o som ecoando pela sala.

- Isso! Parabéns - disse ele, com um sorriso irônico.

Ele manteve o olhar fixo nela, um sorriso enigmático nos lábios. Louise sentiu um frio na espinha enquanto ele a encarava, e seu coração batia acelerado.

- Eu já havia te avisado, Louise. Eu falei com você e mesmo assim você foi se encontrar com ele mais uma vez. - disse com sua voz fria e controlada.

Louise o olhou, sem saber como responder. O silêncio entre eles era pesado, carregado de tensão.
- E olha só , dessa vez a Greta também estava! O que ela te disse? - perguntou Brahms, sua voz agora mais insistente.
- Ela veio para cuidar de mim?- disse com ironia -