Uma Vez Com Brahms

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Louise respirou fundo, tentando manter a calma. - Brahms eu... eu nem sabia que ela estaria lá, foi uma surpresa para mim também. Eu achei que poderia convencer Dylan sobre você mas... acho que eu estava errada e tudo que você me disse era mentira não era?

- Ah, faça-me o favor! Você é a mais mentirosa aqui. Você foi se encontrar com ele, foi correndo para os braços daquele idiota!- falou Brahms com um olhar de ira-

- Não Brahms! Não é como você está dizendo! Você está errado, e eu não vou deixar você me acusar assim!-respondeu Louise- Ela não conseguia entender a mudança repentina no comportamento de Brahms.
- Eu estava tentando ajudar você! Tudo que fiz foi por você, Brahms! Eu queria poder provar para as pessoas que você não era perigoso.

- Mentira!-gritou Brahms -
- Você está mentindo! - gritou ele, sua voz cheia de raiva e desconfiança.

Brahms gritou, sua voz ecoando pelas paredes antigas da mansão. - Cale a boca! - exigiu, fazendo Louise se assustar e ficar trêmula. Ela recuou um passo, sentindo o medo crescer dentro de si.

De repente ele parou e balançou a cabeça, um sorriso passivo-agressivo se formando em seus lábios e começou a falar com uma calma ameaçadora que fez o coração de Louise bater ainda mais rápido.

- Você acha que eu sou idiota? - perguntou Brahms, seus olhos fixos nela com uma intensidade que a fez tremer.

Louise sentiu as lágrimas começarem a se formar em seus olhos, a dor e a confusão refletidas em seu rosto.

- Por que você está fazendo isso comigo? Por quê?- perguntou ela, sua voz trêmula e cheia de lágrimas.

Brahms deu um passo à frente, sua expressão séria. - Sabia que eu vi a mensagem no seu celular antes mesmo de você acordar. - Sua voz era fria e controlada. - Eu fingi estar dormindo e te segui naquele dia.

Louise, ainda trêmula, tentou manter a calma.
- Eu sabia, algo dentro de mim me dizia que você havia saído da mansão.

Brahms soltou uma risada sarcástica, balançando a cabeça. - Claro, Louise. Ainda bem que você tem sexto sentido, não é? - disse ele, sua voz gotejando ironia.
- Vamos ver se agora você sente isso.-disse apontando a arma para ela-

- Nããão!!-gritou -
- Brahms, por favor, não faça isso- implorou ela, tentando se aproximar novamente.

Louise olhou para ele, surpresa e magoada. A reação de Brahms a deixou sem saber como proceder. O medo e a se misturavam com a dor de estar na mira de alguém que ela amava.

- Brahms...me escuta. Eu sei que está chateado mas Dylan e Greta não tem culpa, olha o que você fez? Eu sou a única pessoa que pode te ajudar e você está estragando tudo.

Brahms estreitou os olhos, sua expressão endurecendo. - Não vou escutar nada, Louise. Já fui bonzinho demais com você. - Sua voz estava fria e cortante, diferente de qualquer coisa que Louise já tinha ouvido antes.

Louise sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto, a dor e a frustração se misturando. Ela tentou persuadi-lo mas antes que pudesse dizer algo mais, Brahms a empurrou com força, fazendo-a cambalear para trás.

Ela sentiu uma sensação estranha, um calafrio percorrendo sua espinha. Ela não conseguia entender a mudança repentina em Brahms. Embora soubesse da dualidade dele, o que estava acontecendo agora era algo totalmente diferente e novo, algo que a deixava com medo de verdade. Dylan estava em algum lugar que ela ainda não sabia, Greta desacordada no chão e ela ali, diante de um Brahms frio e armado.

Ela começou a se afastar lentamente, se arrastando para trás. Cada movimento era calculado, como se estivesse tentando evitar provocar uma reação ainda mais intensa de Brahms.

- Você está com medo, Louise? - perguntou Brahms, sua voz carregada de uma curiosidade quase cruel.

Louise parou, tentando controlar a tremedeira em suas mãos.
- Não chegue perto de mim. - respondeu, sua voz trêmula, mas tentando soar firme.

Ela sabia que precisava manter a calma, mesmo que seu coração estivesse batendo descontroladamente.
- Não chegue perto de mim, está ouvindo?!

Brahms então mudou sua expressão repentinamente, adotando um semblante triste. Sua voz, agora quase infantil, soou cheia de arrependimento. - Desculpe, Louise. Eu não quero que você fique com medo. - disse ele, seus olhos parecendo sinceros. - Eu não vou mais agir assim, prometo.

Louise ficou ainda mais confusa, tentando entender a mudança repentina. Antes que pudesse formular uma frase, Brahms soltou uma risada de arrepiar, um som que fez o sangue de Louise gelar.

- Você está louco. - disse ela, sua voz tremendo de medo e confusão.

Brahms a olhou com um sorriso enigmático. - É sério que você ainda não tinha percebido, Louise? - Sua voz estava carregada de uma estranha mistura de sarcasmo e diversão, deixando Louise ainda mais assustada e incerta sobre o que estava realmente acontecendo.
- Você é mesmo uma vadia burra.

Percebendo o perigo iminente, ela levantou-se rapidamente para correr. Seu coração batia descontroladamente, no entanto, Brahms foi atrás dela com passos rápidos e a alcançou antes que ela pudesse dar os primeiros passos.

Ele a segurou firmemente, e Louise se debateu desesperadamente, tentando se soltar. - Me solta, Brahms! - gritou ela, mas ele a ignorou, arrastando-a pela sala.

Com um movimento brusco, Brahms a pegou e a imobilizou, cobrindo sua boca para que não gritasse. Apertou uma das mãos contra a boca dela e com outro braço envolveu-a abaixo do peito, apertando com toda força até que ela ficasse sem ar e desmaiasse.

Brahms então a deixou no chão e calmamente, com um gesto deliberado, ligou o aparelho de som tocando uma música clássica ao máximo. As notas altas e intensas ecoaram pela mansão, abafando qualquer som posterior que pudesse haver.

Brahms levou Louise para o alçapão onde estava Dylan, que de dentro da pequena sala, ouviu Brahms chegar.
- Brahms? Brahms é você? Abra essa porta Brahms! Me deixe sair daqui!! -gritava-

Brahms olhou para a porta de ferro, sorriu e tornou a subir, voltou para a mansão e pegou Greta que ainda sangrava. Ele desceu o alçapão com ela e trancou a portinhola. Deixou a mulher encostada na parede, ao lado de Louise. Pegou uma cadeira velha em um canto e se sentou de frente para as duas, e ficou olhando para elas como se apenas esperasse o momento em que acordariam.