Seven

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"Ok, é a última" disse aliviada.

Rafael apareceu aqui a pouco, resolveu ajudar, não tinha como dizer não.

"Ei espera aí, fica parada." disse enquanto retirava umas bolinhas de poeira que estavam no meu cabelo.

"Obrigada!"

Seu telefone toca e ele corre para atender.

"alô?"

"Oi Rafa"

É uma garota.

"Oi Lua"

O loiro está sorrindo que nem um retardado, NINGUÉM SAI preciso gravar isso. É hilário!

"Então Rafa, está ocupado com algo?"

"Claro que não!"

Até porque nas últimas duas horas ele estava conversando com uma porta, não é mesmo?

"Meus pais não estão em casa. Eu não gosto de ficar só, você pode me fazer companhia?"

Já usei isso uma vez amiga, ele já entendeu o recado.

"Estou indo!"

Ele desligou o celular e me encarou.

"Tenho que ir!" disse sorridente.

"Use camisinha, seu lindo!" forço uma voz engraçada.

Aqui ainda não tem internet, e não está passando exatamente nada que eu goste nessa televisão. Acho que um banho não cairá nada mau agora!

|Rafael|

Após Lua me chamar pra a ir ver, liguei para mamãe avisando que não voltaria hoje. Faz duas semanas que não a vejo, e isso faz falta, querendo ou não.

Os últimos dias foram divertidos com a companhia de Lola, ela é bem irônica, mas é isso que da o ar da graça.

Toco a campainha.

"Olha só quem está aqui!" disse sorrindo.

"Batman?"

"Não conte piadas, já te disse que você é péssimo com isso?"

"Só duas trilhões de vezes" disse a beijando.

Ela se senta no sofá.

"Nós precisamos gravar...você avisou sua mãe que viria aqui?"

"Ah...sim" menti.

Nunca falei sobre meu envolvimento amoroso com Luana para minha mãe. Não sei porquê, mas ela não gosta da garota. Fato estranho, as duas só se viram duas vezes.

|Lola|

05:08

Porra!

Mas é sempre isso! a alguns meses, todas as noites eu acordo esse mesmo maldito horário. 05:08.

Desço as escadas, estava tudo quieto e escuro, uma de minhas janelas, batia, devido a mesma estar aberta. Eu me lembro de ter a fechado.

Suspiro. Por que sempre eu? E se estiver um assassino ali, pronto para me matar?

Me aproximo a trancando, e de relance, pude ver um vulto passar. Ok, Lola, você está imaginando coisas!
Continuo ali, imóvel, quase como uma estátua. Ouço outro burburinho, como um estouro, vindo do andar de cima.

"Mãe?" falo baixo, num sussurro, no qual, nem eu mesma posso me ouvir.
Continuo ali, lutando com mim mesma, na decisão de subir ou não.

Coragem! E foi assim, que fiz a pior escolha possível, porque ao pisar no 1° degrau...mas que porra!?

...

A Estranha l Rafael Lange (Cellbit)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora