AMERIICAN REQUIEM

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Um pequeno aviso antes de começarmos: 

II MOST WANTED é inspirado não só em Cowboy Carter, mas na carreira da Beyoncé como um todo. Obviamente as circunstâncias dos acontecimentos na fanfic são diferentes da vida real e as problemáticas e gatilhos também se diferem da realidade. Com isso, estejam cientes de que muitos fatos reais foram modificados para fazerem parte da história, mas isso não diminui seu impacto e significado no mundo real. 

Mais do que uma história de amor, II MOST WANTED (assim como Cowboy Carter) é uma manifestação contra a exclusão de minorias no espaço country e em todos os espaços. 

Boa leitura :)


                                                                     ★


Participar do Country Music Awards aos 18 anos foi uma grande coisa.

Na noite anterior ao evento, Jimin não dormiu. Sua mãe tinha lhe dado um longo sermão sobre beber na premiação, seu pai fez o contato do mês para desejar boa sorte e sua irmã estava pirando por alguma coisa que tinha a ver com Luke Combs se apresentar antes de mim e isso a faria lembrar de seu ex-namorado gay.

Ele praticou sua performance três bilhões de vezes e ficou insatisfeito com ela em todas as vezes. Louise Lancaster, sua agente da época, tinha ajudado com as escolhas de figurino, Jonah McAllister fez a mixagem que seria apresentada e alguns passos de dança modestos foram criados pelo próprio Jimin. Não era nada ruim, mas não era...ele.

Mas deixar de participar de uma das maiores premiações do país? Nem fodendo, porra.

Ele cantou três faixas de Love Letters, as que entraram para o hot 200 da billboard, e encantou a porra do país inteiro. Até o nervosismo estampado em seu rosto nas primeiras notas da música foi notado em um artigo como "a sensualidade nas expressões naturais de Jimin Carter."

A história foi outra depois desse dia.

Depois daquele vídeo.

Maxine McAllister, irmã de Jonah e co-produtora do CMA, ficou obcecada por Daddy Lessons assim que a música foi lançada. Ela dobrou o cachê de Jimin e implorou para que ele se apresentasse na premiação e ele não pode dizer não para uma oportunidade de divulgar seu álbum e irritar Jonah, que o odiava por ter trocado suas habilidades de produzir músicas repetitivas pelo talento brilhante de Destiny.

A internet foi ao delírio com o anúncio da performance e a edição daquele ano foi a mais assistida em toda a história do CMA. Dolly Parton o anunciou e há quem diga que Jimin foi possuído pelos espíritos do Country e do Blues quando começou a cantar. Ninguém prestou atenção em mais nada enquanto sua boca estava perto daquele microfone.

Mas se tem uma coisa que Jimin aprendeu em quase 20 anos de carreira, foi que a atenção nem sempre significa uma coisa boa.

Jimin, em algum momento, deixou de ser texano o suficiente para cantar country.

A quantidade de comentários homofóbicos que surgiram na internet depois daquela apresentação não foram metade do que ele tinha visto quando aquele vídeo foi exposto. Por mais chocante que seja, as pessoas realmente pararam de se incomodar com gays ocupando espaços como baladas, clubes, etc. Houve uma separação da comunidade LGBTQIAP+ do mundo cis-hétero afim de que uma ideia de que a convivência funcionaria melhor se cada grupo ocupasse o seu espaço.

Imagine quão profundo e imenso foi o mar de ódio que Jimin causou quando deixou de ocupar os lugares a ele resignados e se meteu em um espaço que não o pertencia mais.

II MOST WANTED ★ JIKOOK VERSIONWhere stories live. Discover now