♟️34 Um Homem Comum

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Por você eu dançaria tango no teto
Eu limparia os trilhos do metrô.
Eu iria a pé do Rio a Salvador

Após compartilharem a notícia com os amigos de Ben, Lucille sugeriu que ele a acompanhasse em uma importante conversa com Eleonor. Além disso, ela precisava resolver algumas questões na empresa e queria a presença dele ao seu lado. Decididos, eles partiram juntos para São Paulo, prontos para enfrentar os desafios que os esperavam.

São Paulo, 19:30

Lucille e Ben entraram no elegante restaurante onde Eleonor, a mãe de Lucille, os aguardava. Ao ver Ben, Eleonor não conseguiu disfarçar sua desaprovação, seus olhos frios o analisaram rapidamente.

— Mamãe, este é Ben, o amor da minha vida. E Ben, esta é Eleonor, minha mãe que me salvou a vida.

Ben estendeu a mão com um sorriso gentil, mas Eleonor apertou-a rapidamente e logo a soltou, sem expressar calor humano.

Sentaram-se, e Ben puxou a cadeira para Lucille, que agradeceu com um sorriso.

— Como você está, minha filha? - perguntou Eleonor.

— Mais feliz do que nunca, mãe. Estamos com os preparativos do casamento - disse Lucille, olhando para Ben com ternura.

Lucille acenou discretamente ao garçom e depois voltou sua atenção para Eleonor.

— Mamãe, por que não deixa Ben sugerir uma bebida para nós esta noite? Tenho certeza de que ele tem um paladar refinado.

Eleonor, meio incrédula, permitiu com um aceno de cabeça, e Ben pegou a carta de vinhos com um sorriso confiante.

— Que tal experimentarmos um Château Lafite Rothschild 1996? É um vinho extraordinário, tenho certeza de que vai surpreender seu paladar, Sra. Campbell - sugeriu Ben, com tranquilidade.

Eleonor ficou impressionada, mas fez um comentário hostil.

— Me surpreende um homem comum como você entender de um vinho sofisticado.

Lucille, orgulhosa, interveio.

— O Ben não é um homem comum - disse ela, com firmeza.

Ben permaneceu calmo, sem se deixar abalar pela hostilidade de Eleonor.

— Deixe-me provar que estou à altura, Sra. Campbell - respondeu ele, com um sorriso educado.

A tensão pairou brevemente na mesa antes de Ben continuar sua sugestão de vinho.

Ben se inclinou ligeiramente na direção de Eleonor.

— Eu e sua filha estamos juntos - olhou Lucille com ternura - E ... Eu gostaria de pedir a mão de sua filha em casamento, Sra. Campbell. Eu a amo mais do que tudo neste mundo. Sei que este não é o momento ideal, mas...

— Você está certo, não é o momento ideal - interrompeu Eleonor, com uma ponta de hostilidade. Ela tirou um contrato de sua bolsa - Por isso, quero que assinem este contrato nupcial.

Lucille ficou surpresa com a atitude da mãe, enquanto Ben estendeu a mão para pegar o contrato. Lucille, no entanto, segurou sua mão com firmeza.

— O que é isso, mãe? - indagou Lucille, com incredulidade em sua voz.

— Lucille, você é herdeira de metade da fortuna dos Campbell. E casar-se com alguém como ele requer precaução e proteção dos nossos interesses - respondeu Eleonor, com frieza.

— Ben e eu já temos um contrato nupcial em vigor, com um regime de bens. Nossa advogada cuidou de tudo - acrescentou Lucille, firme em sua posição.

Blanco Y Negro - O Amor Sabe O Que FazWhere stories live. Discover now