Uma cidade turística é abalada por um conflito emocional entre Ben, um viúvo e dedicado administrador de um lar de idosos, e Lucille, uma mulher rica determinada a expandir seu resort sobre o terreno do lar, Recanto do Sol Nascente.
Enquanto lut...
Nós temos muitas tragédias. E a pior delas é o amor.
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Lucille acordou com os raios de sol adentrando pela porta de vidro da varanda, coberta por um lençol branco. Passou a mão na cama ainda com os olhos fechados, mas não encontrou Ben. Abriu os olhos e se sentou.
- Ben? - chamou, olhando ao redor do quarto em busca dele.
No andar de baixo, a calmaria foi interrompida pelos passos de Lucille pela escada, e sua voz chamando por ele.
Ela vasculhou a cozinha, a sala e abriu a porta da varanda, mas nenhum sinal dele. Pôs as mãos na cintura e soltou um riso de raiva e incredulidade.
Recanto
Ben estacionou no recanto, vestindo uma calça jeans e uma camisa social azul clara. Passou pelos residentes, apenas acenando singelamente.
Paula estava na recepção e o viu.
- Oi Ben, bom dia - cumprimentou.
- Bom dia. Algum problema pra resolver? - perguntou ele.
- Tudo bem, não tem nada a resolver pelo menos não agora - sorriu Paula.
Ele assentiu e foi ao escritório. Entrou e fechou a porta, deixando o celular sobre a mesa e sentando-se no sofá. Pensava na noite anterior, onde ele e Lucille se entregaram ao desejo, fazendo amor na piscina.
Confuso em relação aos sentimentos por Lucille, o medo de se machucar e de ser mais um objetivo para ela, se afastar era uma defesa para ele, uma forma de proteger seu coração das incertezas que rondavam sua mente.
Casa Lucille
Lucille se entregou a um banho quente, deixando a água relaxar seus músculos enquanto sua mente mergulhava nos momentos compartilhados com Ben.
Ela recordava vividamente a forma como ele a tocava, cada carícia, cada gesto que a envolvia em uma aura de desejo e paixão.
Se arrumou meticulosamente, deslizando em um vestido vermelho até o joelho, justo, de alças finas, complementado por uma maquiagem impecável e cabelos cuidadosamente arrumados.
Ao pegar o celular, não encontrou mensagens, especialmente as de Ben. Um leve sorriso de autossuficiência brincou em seus lábios antes de guardá-lo na bolsa e descer.
Adentrando seu Tesla Branco, Lucille ajustou o cinto, ligou a ignição e olhou pelo retrovisor com determinação. Seu objetivo estava claro.
Dirigindo pelas ruas de Búzios, passou pela ponte onde havia salvado Ben do acidente, arqueando uma sobrancelha ao relembrar aquele momento.
No Recanto,
Ben e Anne davam instruções aos enfermeiros sobre o sistema criado por Anne na varanda. Lucille estacionou e saiu do carro irradiando beleza com seu vestido vermelho e cabelos negros alinhados. Ignorou os olhares curiosos dos enfermeiros enquanto se aproximava do grupo.
