Capítulo 16

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Logo após o banho, Ange logo se secou e pôs o pijama, antes de retornar para o quarto:

- Ocorreu tudo bem, no banheiro? – Perguntou Lumiale, que estava pondo a mesa.

- Ah, sim! Não precisa se preocupar.

- Eu fiz um chá para você, você tem que se aquecer muito bem pois hoje fará muito frio de madrugada. – Lumiale o disse, todo sério.

- Ah, sim! Obrigada por me avisar, Lumiale-sama. Aliás, você... Vai tomar banho? Onde você pretende dormir? – Perguntou Ange, curiosa e toda preocupada.

- Eu já tomei banho e... Posso dormir no sofá. – Lumiale sorriu e respondeu, enquanto servia chá para Ange.

- Quê? Mas você disse que vai fazer muito frio hoje, de madrugada; não é? Não posso deixar que você fique doente também...

Lumiale a encarou, todo confuso. Ange então desviou o olhar e o voltou para suas mãos, em cima da mesa.

- Então... Acho melhor você ir embora... – Disse Ange, com a voz trêmula.

- De modo algum! Eu disse que passaria a noite aqui, não é? Então... É o que eu vou fazer! Se eu for pra casa, eu ficarei muito preocupado com você... Eu já prometi te vigiar! – Lumiale o disse, com um semblante sério e um tom calmo e seguro em sua voz.

Ange logo olhou pra ele e deu um leve sorriso:

- Então... Você pode dormir na minha cama? – Ange o disse, toda vermelha e sem graça. – N-Não me entenda mau, ok? Eu só... Não quero que você pegue uma gripe ou algo do tipo...

Lumiale só conseguiu esboçar uma expressão de espanto, mas logo se acalmou de novo:

- V-você tem certeza? Sua cama é tão... Me perdoe dizer isso, mas eu não incomodaria você? – Perguntou Lumiale, com um semblante preocupado.

- Está tudo bem! Eu não me importo... – Ange respondeu, toda vermelha, enquanto coçava a cabeça.

- E-entendido! Então... Eu não farei objeção, mas... Tem certeza mesmo que não quer que eu durma no sofá? Acho que tem alguns edredons sobrando no armário... – Lumiale respondeu, todo sem jeito e corado, enquanto apontava para o armário. – Não acharia "indecente" se dormíssemos juntos?

- Eu não acho! Você está cuidando de mim, e eu confio em você. Lumiale-sama nunca faria algo indecente comigo! – Respondeu Ange, gaguejando um pouco mas com firmeza no final da frase.

Lumiale ficou paralisado, inspirou fundo e logo, calmamente pegou Ange pelas mãos.

- Vamos dormir, então...! – Ele o disse, com um sorriso caloroso em sua face.

- Sim, Lumiale-sama!

Os dois então se deitaram, um virado de costas para o outro:

- Lumiale-sama, está confortável? – Perguntou Ange, ajeitando as cobertas.

- Sim! Não precisa se preocupar. E você? Não estou tomando muito espaço?

- Não tá, não! Eu... Estou ótima, aqui... – Ange corou. –Com você aqui, parece até que a cama está mais quentinha.

Lumiale então, rapidamente se virou para Ange, e todo preocupado, logo pôs a mão em sua testa:

- Tudo bem? A-a sua febre aumentou de novo?

Ange riu baixinho, enquanto olhava a cara espantada de Lumiale:

-Está tudo bem. Eu não estou com febre agora, mas...- Disse ela, com a voz um pouco rouca e corando. – Eu confesso que estou com um pouco de frio. – Ange então se abraçou com suas mãos.

- Realmente... O seu quarto já está começando a esfriar. Temos que nos agasalhar mais!

Lumiale levantou e logo foi até ao armário. Ele pegou os edredons reservas e cobriu Ange.

- Tá melhor? – Perguntou ele, logo deitando ao lado dela novamente.

- Tá sim, obrigada. – Ange logo se afundou nos edredons, toda contente por estar mais aquecida. – Tenho certeza de que conseguirei dormir bem hoje.

Quando Ange sorriu, ao se envolver nas cobertas; Lumiale corou e sorriu de volta, a olhando com um olhar doce:

- Fico... Feliz em ser útil.

Os dois então pegaram no sono; mas no meio da noite, Ange acordou por conta de um pesadelo. Ela choramingava, um tanto assustada; fazendo assim que Lumiale acordasse:

- Ange? Está tudo bem? – Perguntou ele, todo preocupado e surpreso.

Ange então, desesperada o abraçou fortemente:

- Eu tive um pesadelo... – Exclamava Ange, enquanto tremia nos braços dele.

Lumiale a afagou e, calmamente acariciou seus cabelos, para a acalmar.

- Calma, Ange. Já passou! Foi só um sonho.- Disse ele com a voz calma, enquanto acariciava seus cabelos. – Você quer que eu traga uma água com açúcar? Vai te ajudar a se acalmar.

Lumiale então se levantou, foi até a cozinha e logo voltou para Ange, com um copo de água com açúcar. Ele o entregou calmamente, nas mãos de Ange, e ela bebeu devagar, enquanto soluçava:

- Está melhor, minha querida? Você quer conversar sobre o sonho? – Lumiale o disse, enquanto sorria e a olhava calmamente.

Ange então respirou fundo, tentando se acalmar para falar, mas ela não conseguia. Suas mãos não paravam de tremer e ela ficou um tanto desesperada, até que Lumiale a puxou para seus braços novamente e a abraçou. Quando ela deitou em seu seio, ela logo se acalmou:

- Bom... Se quiser, pode tentar dormir assim. Se não quer falar, tudo bem, eu a entendo. – Ele acariciava os ombros dela, e sorria. – Reparei que você fica um pouco mais calma quando eu te abraço.

Ange então sorriu e só se aconchegou nos braços dele. Depois disso, ela não teve mais pesadelos naquela noite. 

Étoile e água marinhaWhere stories live. Discover now