Capítulo 13

117 16 3
                                    


Nota: Demorei, mas voltei. Acabei me ocupando e ficando sem criatividade pra escrever os capítulos, então espero que gostem. Boa leitura!

Se houver algum erro na trajetória, perdoem, acabei desvinculando um pouco. Ao decorrer dos capítulos serão contados do ponto de vista da Camila.

CAMILA.

Novamente aquele ar de liberdade pairou sobre meu corpo, minha mente estava a mil milhas daqui, só conseguia pensar no que ia ser feito quando eu encontrasse ela. Pensei em como seria e no que eu teria que falar para soar o mais desprovida possível. A minha preocupação era a tensão que seria inevitável.

Mas bom, não havia o que ser feito. Não havia o que ser dito, estávamos naquela situação e não seria uma simples palavra a responsável por acabar com nossa guerra fria.

Cristian dormia ao meu lado enquanto eu pensava em várias probabilidades. Estava exausto, seu semblante de várias noites sem dormir era visível em seu rosto, as marcas de expressão simulavam sua tristeza. Em alguns momentos sentia até pena dele. Em outros, acreditava que era merecido, não podia ser desonesta comigo mesma. O fato de quem ele estar se tornando hoje, jamais apagaria o que fez comigo.

Depois de quase 17 horas de viagem, nosso voo pousou finalmente. Meu relógio biológico acabava deixando meu sono confuso, mas me sentia mais energética do que nunca, apesar do cansaço eminente.

— Eu pego as malas, pode ir na frente. — Cristian disse em um tom cansado, indisposto pelo tempo. — Te encontro daqui a pouco. Pegue um chá gelado e compre algo para comermos, não suporto aquela merda que é servida no avião. Estou morto de fome.

apenas acenei com a cabeça, concordando e seguindo para a primeira cafeteria que encontrasse pela frente.

Era manhã na Itália, o verão deixava o povo italiano mais sorridente e mais expressivos. Senti um pouco de calor, por não ter escolhido as roupas adequadas para o clima. Um homem barbudo disse alguma coisa relacionada a eu estar com muita roupa, mas ignorei e preferir acreditar que era um elogio, já que seu sotaque polonês camuflava sua tentativa falha de falar inglês.

Não demoramos muito no aeroporto, Cristian havia alugado um carro, mas amaldiçoou os céus quando se deparou com vários xingamentos por não conhecer as rotas. Que falta Amon fazia ali. Por sorte, nosso aliado, o gps, nos tirou dessa situação. A família Jauregui tinha no sangue o gosto da vida pacata, sempre preferiam interiores a capitais. As estradas barrentas entregavam nosso destino.

O negócio se estendia por toda família, o tio falecido de Cristian, cuidava de uma grande fazenda, no qual o foco principal era a produção de queijos e aguardentes, a base de uvas.

Um grande casarão e uma enorme fileira de carros, indicavam aonde dormiríamos essa noite. Quando Cristian comentou que seria uma reunião da família, não imaginei que seria tão levado a sério. Aparentemente, a casa grande, havia quarto e espaço para todos. O que me fez entrar em um desespero total, o nervosismo ganhou mais forma dentro de mim e meus dedos foram direto para a barra da minha camiseta — comportamento o qual tinha quando o nervosismos me consumia — Não estava preparada para vê-la, não estava preparada para estar no mesmo tempo e espaço que ela.

— Quanto tempo até o ritual familiar ser feito? — Perguntei antes de descer do carro.

— Faremos algumas atividades que ele gostava como encerramento e depois, acredito que em alguns dias as cinzas sejam espalhadas pela cachoeira. Não demorará mais que uma semana.

— Isso tudo? — Perguntei por impulso. Não imaginei que seria algo assim.

— Achei que tinha entendido, tem algum problema? — Ele perguntou de imediato, desconfiado pela feição que estava em meu rosto. — Não vai ser desconfortável para você, vai?

O Céu Na Terra Where stories live. Discover now