C A P Í T U L O 18

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Tack…

Tack…

Tack…

Eram passos.

Tack…

Tack…

Tack…

Unhas grandes colidindo com a superfície rochosa.

Tack…

Tack…

Tack…

É proposital!

Tack…

Tack…

Rask!

Algo raspou as garras no chão para revelar sua presença.

Tack…

Rask!

Tack…

Ele quer que ela saiba.

Rask!

Tack…

Tack…

Mas a câmara cavernosa está vazia!

Uma tênue luz é refletida pelos cristais, favorecendo uma luminação parcial. O covil é largo e nem tão animalesco apesar dos ossos de suas presas encrustados na parede. Quase pareciam enfeites.

Mas as peles de animais que servem de leito esta mais do que vazio. Esta frio!

A criatura emerge das sombras com sua silhueta sinistra delineada pela penumbra. A presença é suficiente para encher o ambiente e deixa-lo… pesado.

Tack

Os olhos amarelados brilham com uma fúria selvagem. Ele enruga o focinho longo e seus dentes pontiagudos brilham à medida que sua respiração pesada ressoa pela caverna.

Tack

A cada passo, as garras continuam raspando nas rochas, emitindo um som ameaçador.

Tack…

E então…

Silêncio!

Uma calmaria tomou conta, envolvendo tudo em um silêncio absoluto. Apenas o eco suave da queda d'água e o murmúrio do riacho podiam ser ouvidos. Talvez o sussurro das folhas nas árvores ao redor acrescentasse um som discreto.

Sem o raspar das garras, a fera ronda em um silêncio intimidador. Onde estaria?

Poderia estar passando entre as rochas mais acentuadas. A luz suave revelava não apenas os ossos adornando nas paredes, mas também detalhes minuciosos, como pequenos vasos em um canto isolado e um baú cuidadosamente fechado entre duas rochas próximas.

Então…

Um rugido!

Aproveitando-se do silêncio, ele lança um rugido gutural que corta o ar. O som arrepiante ressoa nas paredes da caverna, amplificando-se e criando um eco aterrorizante.

Há um túnel parcialmente escondido entre as rochas. Ela levaria a outras câmaras se estivesse em uma altura que uma humana como Dandara conseguisse alcançar.

Onde ela está?!

A fera bufa.

Ele avança em passos lentos e calculados, farejando o ar com narinas dilatadas e percorre cada centímetro da caverna.

ACASALAMENTO: Lua CheiaWhere stories live. Discover now