25

229 58 20
                                    

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

⠀⠀
⠀⠀
⠀⠀
⠀⠀

    Venho dizendo a mesma coisa há um tempo já. A rotina é um ótimo remédio. Em poucos dias, nossos dias estavam de volta ao que eram antes e as coisas parecem cair naturalmente no lugar. João foi buscar o cachorro, que ficou com a Rosa, nós fizemos mercado e nos organizamos de volta nos eixos.

    Tem algo diferente pairando no ar algo que ainda não falamos sobre e que parece me deixar muito mais inquieta, me balança muito mais que parece balançar João, mas pelo menos é algo bom dessa vez. Se eu me esforçar em ser um pouquinho egoísta, consigo olhar somente pra nós dois e enxergar um bom momento. O Rio tá lá, as nossas vidas por lá são sempre uma bagunça.

    Mas temos um refúgio aqui, temos um só outro e uma vida à dois que me anima a pensar nos próximos anos.

    É, com certeza é isso mesmo. Quando estaciono o carro na garagem, já consigo ouvir aquele ao vivo do Revelação e até dou uma risadinha. João vai abrir a porta a qualquer momento e me dizer que sem o meu carinho não dá pra ficar.

    ─── ...Sem o teu carinho não dá pra ficar, rezei pro Nosso Senhor do Bonfim, te trouxe uma fita pra te abençoar... ─── eu falei, eu sabia. 

    Tem um sorriso no rosto e o nariz vermelhinho, tá ficando frio e além de ficar ainda mais begezinho, paçoquinha, João tá ficando todo vermelho e não tem jeito de vestir uma camisa.

    ─── E tive a certeza que a gente é assim, um longe do outro não dá pra ficar... ─── ele continua, me espera subir os poucos degraus até a porta e me abraça por cima dos ombros, sela os nossos lábios e beija meu rosto também. Isso tudo enquanto largo minhas coisas no móvel ao lado da porta e arranco os tênis com os próprios pés.

    ─── João Victor, pelo amor de deus. ─── dou uma risadinha, esfregando as mãos pelos ombros dele e o empurrando pra dentro de casa. ─── Vai colocar uma camisa, um moletom, uma meia nesse pé. Tá muito frio pra você ficar assim.

    E a casa toda aberta ainda por cima, quer ficar hipotérmico, só pode.

    ─── Boa tarde pra tu também, tá? Eu também tava morrendo de saudade. ─── implica, se achega de novo e segura meu rosto entre as mãos, ao tempo que vem esfregar esse nariz gelado no meu pescoço e me agarrar de vez.

𝗩𝗢𝗖𝗘 𝗣𝗥𝗘𝗖𝗜𝗦𝗔 ⊹ joão gomes 2/2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora