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    Agora eu só queria mesmo montar o meu dogão gourmet de rico lá no Maraca+, sinceramente. E digo isso com todo o respeito ao bufê aqui em Wolverhampton, eu nem sei o nome desse estádio de cor ainda.

    Mas eu não vou negar que não há nada como a minha casinha, e a minha rampa, e a Bruninha me esperando no camarote... Ou o André pendurado em grade.

    Sentir saudade é normal, tô convencida disso.

    ─── Eu vou contar até três...

    Porém, também é normal que meu coração aqueça e acelere um pouco quando escuto português. Não tem o meu sotaque, não está em tom alto como se fosse a minha mãe dizendo a mesma frase, mas me pões girando sobre os calcanhares na procura da dona da voz e são apenas segundos até que eu possa ver a moça com uma das mãos nos quadris, um copo de suco de laranja na mão livre e o olhar fixo em um molequinho que jura que vai dar certo pular de cadeira em cadeira ao invés de ir andando igual gente normal.

    ─── Tu quer voltar pra casa, Natan? ─── ela segue com o tom sério, e eu já tenho o assunto que vou puxar.

    O cabelo com certeza foi trançado com cabelo orgânico e feito recentemente. Preciso de uma trancista aqui na Inglaterra.

    Eu respiro fundo e conto até três na minha mente. A Catarina do Rio de Janeiro não pensaria duas vezes antes de ir puxar assunto, mas João estava certo na cozinha lá de casa. Sei ser sociável, acho que sei.

    ─── Ei... ─── murmuro, assim que estou perto o suficiente e acredito que livrando essa criança de uma. Porque ela estava quase levantando e ele estava quase voltando a correr.

    A instituição mãe brasileira devia ser tombada como patrimônio nacional, porque eu nem conheço essa mulher é mãe desse menino. E tá na cara dele que ele dá trabalho.

    ─── Menina, eu vi você lá de cima, e vi você falando português... Eu estava maluquinha atrás de uma trancista aqui na cidade, e o seu cabelo tá tão lindo... Aí vim te perguntar.

𝗩𝗢𝗖𝗘 𝗣𝗥𝗘𝗖𝗜𝗦𝗔 ⊹ joão gomes 2/2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora