Capítulo 15 - My baby, My baby...

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Lúcifer Morningstar

O que somos agora?...

Em meus sonhos, estou completamente sozinho. Tento procurar informações de onde estou e ouço um noticiário dizer que Alastor Diavolo, Sir Pentius, Adam Protogonos e Valentino estão mortos, o motivo por trás disso foram abafados pelo choro de Charlie, se culpando por alguma coisa que deu errado.

Tento me aproximar dela na intenção de confortá-la, mas é como se eu estivesse invisível, minhas mãos atravessam seu corpo igual um holograma, partindo meu coração por não conseguir ajudar ela quando precisa.

— Se eu não tivesse... Se eu não tivesse planejado errado, Alastor estaria ____, é tudo culpa minha! — Charlie esconde o rosto nas mãos, chorando sem parar.

— Pentius... Por que você ____ — Uma mulher de cabelo rosa lamenta, sendo abraçada por Angel em seguida.

— Adam... SEU CRETINO! Eu disse que ___ — Lute esperneia, entre choros.

Por que as falas estão sendo abafadas? Eu não estou no lugar? Eu realmente morri depois de tudo?

Depois disso, não vejo nada além de uma foto de Alastor Diavolo morto, nos destroços de alguma construção. Meu coração para com essa informação, a falta de ar fica iminente, e o céu parece se fechar em minha frente, me matando aos poucos.

Sinto lágrimas quentes escorrer pelas minhas bochechas, traçando trilhas dolorosas até cair completamente no chão, minhas mãos não param de tremer nem por um instante, já não consigo diferenciar a realidade do que não é real.

Imploro internamente para que alguém me tire desse lugar assustador, e rapidamente ouço chiados de rádio, chamando minha atenção para um ponto vermelho fixo no escuro, no qual consigo caminhar tranquilamente até ele, sentindo a cada passo meu corpo inteiro ficar leve, sem preocupação ou ansiedade.

Abro os olhos, tentando me acostumar com a claridade da luz vinda das janelas, vejo Alastor sentado no chão mexendo em um pequeno rádio, totalmente concentrado.

Me levanto da cama e esfrego os olhos, com sono ainda, desço da cama e caminho até ele, abraçando carinhosamente o homem por trás. Ele não reage de imediato, apenas sorri de canto e continua ajeitando o pequeno rádio silenciosamente.

— Tive um pesadelo — Digo.

— Deixa eu pensar... Sonhou com dinossauros ou que eu te comia? — Ri baixinho.

— Não, idiota — Reviro os olhos. — Sonhei que você morria.

Alastor para de mexer no rádio por um momento, ficando sério, ou perdido nos próprios pensamentos. Largo ele e me sento ao seu lado, encarando o moreno com curiosidade, esperando alguma piada irônica dele.

— Eu sou imorrivel — Brinca.

— O certo não é imortal? — Sorrio. — Um dia todo mundo morre.

— Não quero que você morra — Ele me olha sorrindo. — Ah, espera. Lembrei que anão é imortal.

— Você está querendo morrer, né? — Mostro o dedo do meio.

— O ciclo da vida é nascer, CRESCER e depois morrer, então se não cresce, não morre — Ele fala como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

—... Pode crê. Ainda vou acertar um tijolo na sua cabeça.

— Vai querer que eu pegue escadinhas pra você? — Debocha, deixando o rádio de lado. — Se a gente sair de mãos dadas, vão achar que eu sou seu pai.

𝗖𝗼𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗩𝗶𝗹𝗮̃𝗼 - 𝑹𝒂́𝒅𝒊𝒐𝑨𝒑𝒑𝒍𝒆Where stories live. Discover now