Capítulo 13 - Amigos.

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Lúcifer Morningstar

Odeio ter sentimentos, queria ser mulher.

Depois do pequeno incidente que aconteceu na sorveteria, evitei Alastor pelo resto do dia, não queria olhar na cara dele pois senti ciúmes, um sentimento ridículo que machuca as pessoas que o sentem.

A forma que ele pegou aquela mulher pela cintura e ajudou ela com o tornozelo, tudo aquilo me deu ódio, por saber que não temos nada, então não há razão para sentir isso. Mas por que ele não me ajudou? Sentiu vergonha de mim? O que eu fiz de errado?

— A gente se beijou... — Falo para o patinho em minha frente. — Estou sendo emocionado demais por sentir ciúmes?

Ele não responde, e eu agradeço por isso, se não seria a confirmação de que estou ficando esquizofrênico.

— Meu peito tá doendo... Tomara que seja infarto — Sorrio. — Estou tão entediado que poderia ir em uma boate.

Me sento na beira da cama, balançando os pés igual uma criança.

— Queria ir ver a Charlie, mas ela disse que eu não precisava mais voltar ao Hotel... E se eu for lá, provavelmente irei encontrar Alastor, algo que não desejo.

Desço da cama e olho para meu despertador em formato de pato que marca 9 horas da noite, o dia passou em um piscar de olhos sem o Alastor ao meu lado, logo seria quinta-feira, me relembrando de quando Lilith pediu o divórcio.

Decidi que passaria uma semana sem sair de casa, evitando bebidas alcoólicas e boates, porque isso não me faz bem psicologicamente e fisicamente. Além de que, iria acabar encontrando o Alastor por aí, ele iria cuidar de mim, e eu iria me fuder com esse sentimento novamente.

Durante o tempo que passei sozinho em casa, descobri muitas coisas, uma delas é: Uma câmera pequena pode gravar áudio e vídeo. - Descobri isso quando estava limpando as janelas da casa e achei uma câmera escondida.

Também descobri que um canivete bem afiado pode fazer a barba, e se caso eu deixasse ela crescer tiraria toda minha beleza juvenil. - O canivete nem é meu então irei usar bastante

E que o suposto amor de Alastor por mim era falho, pois ele não me procurou em momento algum, não buscou forma de se comunicar comigo e isso me entristeceu bastante.

Por não usar muito aparelhos celulares, perdi um pouco a noção do tempo que fiquei em casa, e quando finalmente saí, fui visitar o Hotel de Charlie em plena quinta-feira. Já tinha superado totalmente Alastor - nunca tivemos nada -, agora estava pronto para encontrar ele como da primeira vez.

Quando chego na porta do Hotel, respiro fundo, arrumo meu cabelo, vejo se não estou fedendo ou menos apresentável e por fim, arrumo meu terno branco. Assim que tento tocar a campainha, alguém chama meu nome, uma voz conhecida atrás de mim que me faz virar de imediato.

— BeeBee?! — Sorrio animado.

— LuLu!! — Corre para me abraçar.

Assim que Bee me abraça fortemente me tirando fôlego, não consigo retribuir o abraço na mesma intensidade, fazendo nós dois cair no chão. Ela põe a mão protegendo minha cabeça e me olha alegremente, sorrindo igual uma retardada em cima de mim.

— Puta merda, seu vadio! Por onde você andou? Eu senti saudades! — Fala se levantando. — Você continua baixinho e fraco, haha!

— Achei que soubesse, eu vim para Boston na intenção de passar mais tempo com minha filha — Me levanto, limpando minha roupa. — Mas sabe o que cresceu?

𝗖𝗼𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗩𝗶𝗹𝗮̃𝗼 - 𝑹𝒂́𝒅𝒊𝒐𝑨𝒑𝒑𝒍𝒆Where stories live. Discover now