Eu te amo!

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Olhei para trás e aqueles palermas ainda estavam ali.

– ESTÃO ESPERANDO O QUE, PORRA? VÃO LOGO, QUERO CLAIRE AQUI! LEVEM QUANTOS HOMENS FOREM NECESSÁRIOS.

Fui para meu escritório e em pouco tempo minha mãe já estava sentada em minha frente, de pernas cruzadas. Porra, por um lado ainda bem que Claire não estava aqui, eu, o cara fodão, iria receber esporro da mãe. Não queria que Claire visse isso.

– Então? Você já pode me explicar essa história direito.

– Pattie, assim...

– MÃE! EU AINDA SOU SUA MÃE! NÃO É PORQUE VOCÊ É CHEFE DISSO TUDO AQUI QUE EU DEIXEI DE SER SUA MÃE, MAIS RESPEITO, GAROTO! – respirei fundo.

- Mãe... A menina que eu supostamente comprei, ela era muito maltratada por uns caras, era forçada a se prostituir, aí eu comprei ela, assim ela não passaria por todas aquelas coisas. Você sabe que prostituta sofre, né? – esse não era nem de longe o motivo pelo qual eu comprei Claire. Eu só queria me divertir com ela, dar-lhe uma lição por ter pensado que podia me afrontar como fez naquele dia na boate. Estava pouco me fodendo para o que ela passou naquele lugar ou não. Se tivesse apanhado mais lá dentro não seria tão petulante.

Minha mãe ficou me olhando por alguns segundos e depois se levantou, me dando um beijo na testa. Amor maternal, quem não gosta às vezes? Até o mais durão tira a capa para receber um carinho desses.

– Te amo, Justin. Não esqueça disso nunca, ok?

– Ok, também te amo – tentei ser seco, não gostava de demonstrar afeto.

– Menino, você não muda – ela disse rindo e saiu, fechando a porta atrás de si.

Claire's POV

Quando acordei, abri os olhos vagarosamente, sem vontade alguma. Olhei em volta e eu estava em um quarto enorme, talvez maior do que o meu na casa do Bieber. Eu poderia me perder aqui dentro. Tinha uma decoração linda e era bem espaçoso. A cama em que eu estava deitada era bem grande e confortável, havia um edredom macio me cobrindo e o travesseiro era uma beleza. Olhei para o lado e Tyler estava comigo, sentado em uma poltrona próxima à cama, dormindo. Me movimentei e meu corpo doeu um pouco em certas partes, mas eu tinha que me levantar. Pus os pés no chão e tentei não fazer barulho para não acordá-lo, o que foi em vão. É, ele tem um sono leve.

– Bom dia – disse ele.

– Bom dia – sorri.

– Se sente melhor?

– Sim. Um pouco indisposta, mas muito melhor.

Olhei para mim mesma e senti vergonha por Tyler me ver naquele estado. Marcas roxas estavam visíveis em meu corpo e eu não queria nem pensar em como o meu rosto estava.

– O que são essas marcas roxas? Quem te bateu? Seu pai? – tive que rir.

– Não é nada, de repente são marcas deixadas pela pancada do carro do cara que quase me matou atropelada – tentei fazer piada, mas ele não riu.

– Não, não é isso. Eu reconheço marcas de agressão e essas espalhadas em seu corpo são as mesmas. Quando eu te socorri você já estava muito machucada e não era por causa do atropelamento.

– É-É... Não quero tocar nesse assunto, se não se importa.

– Ok – ele deu de ombros, sério.

– Obrigada por ter me ajudado ontem.

– Seus pais a essa altura devem estar preocupados – ele queria porque queria entrar no assunto.

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