☆ 16 | Talvez seja amor

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Capítulo 16. |
ATO 2
BLOOM |

"I knew he was in love!"

Katsuki estava estranho. Definitivamente.

Era o que se passava na cabeça de Kirishima e de Kaminari enquanto viam seu amigo andar em círculos em volta do próprio quarto.

O motivo?

Ela. Somente ela.

Hanako vem sendo o único assunto entre eles três. O loiro parecia querer literalmente explodir toda vez que ela chegava perto dele.

- Calma, Bakugo! - Kirishima diz e o loiro para de andar. Ele não parecia irritado, parecia nervoso. Kirishima certamente nunca tinha visto aquilo. - Agora explica isso devagar.

- Não dá pra explicar, cabelo de merda! - Ele queria se abrir, tinha certeza de que ia fazer isso. Confiava cegamente em Eijiro e em Kaminari. - Se quer saber, eu gosto dela sim! Mas eu não sei agir! - Ele disse e o ruivo riu.

- Bom, conta pra ela então. - Disse Denki com uma postura relaxada.

- O problema é que eu ja contei. - Os dois arregalaram os olhos. - O que? Querem morrer? Que caras são essas, hm? - Sua típica voz, rouca e alta, tinha voltado.

- Se você já contou, pra que esse desespero todo? - Kaminari disse tentando segurar o riso. Ver Katsuki assim certamente foi qlgo que ele não esperava.

Que ninguém esperava.

- Verdade. Pede ela em namoro. - O ruivo, que até agora estava quieto, fala e dá uma cotovelada em Denki.

- Enlouqueceram!?

-É, ué.

Ok. Katsuki não esperava.

Ele também não queria pedir ela em namoro assim do nada. Queria algo especial e que fosse só deles. Um momento só para ele e Hanako.

Ela tinha se tornado tão importante pra ele em tão pouco tempo e isso o assustava demais.

Mas, enquanto ouvia o falatório de Kaminari e Kirishima sobre isso, a ideia parecia menos pior.

A única coisa que ele podia fazer era ter esperança.

Mas com Hanako as coisas estavam bem diferentes.

A casa estava calma, como sempre. Apenas o movimento normal dos empregados limpando objetos, que não precisavam ser limpos, e ajustando quadros como se eles estivessem tortos.

Falando em quadros, tinha um em especial que nenhum dos funcionários da casa poderiam ao menos chegar perto.

Era uma pintura de Hanako, e a ordem que foi dada para manter distância desse quadro, veio do pai de Hanako.

Era a favorita dele. Ele amava tanto sua pequena Hanako. Era uma pintura a óleo dela, de quando ela tinha 7 anos, abraçada com um coelho que ganhou dos pais, esse que tinha tanta semelhança com ela. Sua pelagem era preta, e tinha um olho de cada cor.

Ela amava esse coelhinho. E alguns dias depois de sua mãe, ele também partiu.

Agora, Hanako tocava seu piano com tanta paixão. Parecia ter sido engolida pela canção.

A morena estava no próprio no próprio mundinho, tão absorta pela música, tão leve. Se pudesse descrever, seria como uma sensação de conforto.

Foi o jeito que achou para dispersar seu pensamento do loiro de olhos escarlates. Isso a confundia tanto...

Eles tinham se beijado e saído juntos várias vezes, mas mesmo confessando, não tinham nada oficializado.

Ela sabia que o amava, mesmo com tão pouco tempo. Mas o loiro agia de maneira tão confusa...

Hanako percebeu que ele tinha um pouco de dificuldade pra expressar o que sentia.

E era exatamente isso que a incomodava. Ele não expressava por que não conseguia ou porque não sentia nada?

É. Recentemente os dois estavam submersos nesse mar de pensamentos, aquela angústia de pensar que talvez nada possa dar certo daqui pra frente. Por mais que lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, ambos tinham uma esperança, que ousava crescer ainda mais, de que isso iria sim dar certo.

Eles só não sabiam disso.

Ainda.

Just Like Boom! | Bakugo KatsukiTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang