Lumina

o resgate

Mikael

Depois que ouvi uma voz me pedindo ajuda eu acelerei instintivamente, virei a esquina de casa e vi em frente a loja o demônio e o garoto, quando eles me viram o demônio sufocou o garoto e o deixou cair, quando eu estacionei o Simca ele já havia sumido, me apressei em pegar a chave reserva da loja no porta luvas, sai do carro peguei o loiro nós braços e abri a porta da loja com um pouco de dificuldade

Já dentro da loja ele começou a resmungar alguma coisa, odeio quando coisas assim acontecem, humanos não deveriam ter contato com essas coisas, muito menos ser mortos, e é para isso que eu trabalho, que nós trabalhamos, mas tudo fica muito mais complicado quando um humano acaba envolvido no caso, como agora, toda a choradeira, trauma, fragilidade, como conseguimos evoluir até agora?

Nós temos regras, leis, sobre oque fazer caso um humano normal descubra de nós e dos sereais, devemos apagar a memória completamente com feitiços fortes demais e depois fingir que nada aconteceu, caso o humano seja conhecido passar a evitar contato, mas eu não gosto destes métodos, prefiro contar tudo para o comum antes de apagar a memória

Subo as escadas para o segundo andar, onde largo o garoto sentado em uma poltrona, ele volta a resmungar algo e se mexer, coço meu nariz, ele está cheirando a enxofre

Procuro em uma estante um frasco de algo com cheiro forte, encontro um com uma substância verde brilhosa, talvez seja algum tipo de veneno não me lembro, mas não vai fazer mal só de cheirar, eu acho

Ponho o frasco perto do nariz dele e ele faz uma careta logo acordando em um pulo

– Ah, oque, que merda foi que aconteceu, aonde que eu tô, quem, Mikael? Onde estão meus óculos? – ele usava óculos? Nem me lembrava, falando em não lembrar, qual o nome dele mesmo

– seus óculos? Devem ter caído no caminho, eu posso descer e procurar, tenho que pegar meu celular também, se você ainda estiver tonto não se levante, quando eu voltar explico tudo – não espero ele responder e desço as escadas