JG: Não preciso de detalhes.

Manu: Eu ouvi tu me contando os detalhes mais sujos das suas aventuras com a Talia. Acho justo tu escutar as minhas com o Grego agora.

JG: Tu tem a Larissa de amiga e que é mulher, eu só tenho você de amiga.

Manu: A Lari anda meio distante nos últimos dias. Tenho que conversar com ela inclusive sobre isso. Comecei a falar ontem mas daí a Inês apareceu.

JG: Então é verdade mesmo que a maluca apareceu te pedindo dinheiro?

Manu: É isso aí. Na maior cara de pau ainda, dizendo que o dinheiro dos meus pais deve ficar pra ela, porque eu devo isso a ela.

JG: Tu deve é mandar alguém meter pipoco na cara dela isso sim. Mulherzinha filha da puta.

Manu: Mesmo ela sendo uma miserável comigo não quero ser a responsável por ela morrer.

JG: Tu tem que parar de ser boba demais com esse tipo de gente Manu. Não deveria sentir pena de alguém que te jogaria na frente de um trem alta velocidade sem nem piscar.

Manu: Já entendi. Tz me disse o mesmo hoje de manhã... A gente pode mudar de assunto.

JG: Desde que o assunto não seja o pau do Grego entrando dentro de tu eu estou disposto a ouvir tudo que saia da sua linda boca.

Faço careta.

Manu: Tu é péssimo como amigo. Por isso não tem nenhum.

JG: Qual foi? Vai humilhar mesmo?

Manu: Desculpa, estou de TPM. Viro uma bruxa quando isso acontece. Odeio a Eva por me fazer passar por isso.

JG: Também odeio essa mulher. Se não fosse ela dar ouvidos a uma cobra era pra todo mundo tá andando pelado no meio do mato até hoje.

Manu: É por isso que a Talia te meteu um tapão.

JG: Não tenho culpa se ela não tem bom gosto ao ouvir piadas.

Manu: Tu dizer que já comeu a mãe e a irmã dela e que só falta o pai dela entrar na tua não é bem uma piada muito legal.

JG: Pensei que fosse uma forma legal de dizer que gosto da família dela.

Manu: Tua mãe te batia com um pedaço de pau com um pedaço de madeira?

JG: Não que eu me lembre.

Da de ombros e volta a comer.

Passo o resto da tarde jogando conversa fora com o João, até que ele teve que voltar pra Rocinha.

Fico na porta do quarto olhando o Léo dormir no berço dele , e fico pensando no quanto minha vida mudou nos últimos meses.

Daqui duas semanas é meu aniversário de 19 anos e eu não reconheço mais a Manuela de um ano atrás.

Sinto duas mãos que eu conheço muito bem tamparem meus olhos e um beijo suave é depositado na altura da minha nuca. Logo alguns beijos molhados vão descendo pelo meu pescoço.

Manu: Tu não vai aprender a bater na porta como alguém normal nunca né?

Sinto ele dar um sorriso com os lábios ainda preso meu pescoço.

Grego: Acho que me acostumei a fazer isso.

As mãos grandes e grossas vão descendo até minha cintura me apertando contra o corpo do moreno.

Grego: Amo chegar em casa e ver vocês dois seguros e felizes.

Manu: Em casa?

Ué.

Quando foi que isso aconteceu que eu fiquei perdida.

Grego: Tenho um convite pra te fazer hoje a noite. Quero que tu vá comigo a um lugar importante.

Manu: E o Léo?

Grego: MT e Lari já se disponibilizaram a ficar ele até amanhã.

Manu: Vai me levar pra onde?

Me viro para ficar frente a frente com o pai do meu filho.

Os olhos escuros analisam cada pequena parte do meu rosto com uma atenção exagerada na minha boca.

Grego: Tu vai gostar prometo.

Manu: Tenho que ir com algum tipo de roupa específica?

Grego: Tu que sabe qualquer uma vai estar boa em você. Tu fica gata de qualquer jeito... De qualquer forma no final da noite não vai ter nenhuma no seu corpo.

O sorriso cafajeste surge entre os lábios gostosos dele.

Manu: Ai que lindo.- dou um selinho nele.- Tô perto de ficar naqueles dias.

Grego: Se a estrada principal está fechada entramos pela de barro.

Manu: ECA!

Grego: Estou brincando contigo. Tu tem que ver tua cara de espanto agora.

A risada contagiante dele invade o ambiente me fazendo sorrir de uma forma apaixonada para o mesmo.

É assim que é amar alguém?

Porque se for eu amo ele.

Porra.

Eu amo muito.











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