Seu pai se sentou na ponta da cama, tirou o cobertor da cabeça de Jungkook lentamente e o encarou. As bochechas dele começaram a queimar de vergonha.

Do mesmo jeito que estavam queimando agora que a porta se abriu na sua frente e uma mulher de cabelos castanhos-caramelo o encarou da cabeça aos pés, como se tivesse pego Jungkook usando calças de pijama e escutando música atrás da porta.

— Quem é você? — A mulher perguntou, seus olhos azuis examinando as botas novas de Jungkook.

— Bom dia. — Ele largou seu violão encapado no chão e estendeu a mão para ela, usando a outra para tirar seu chapéu. Seu pai morreria de desgosto se Jungkook um dia não tirasse o chapéu antes de cumprimentar uma mulher. — Meu nome é Jungkook Knowles...

— Ah, é! Pode crer. — Ela aceitou o aperto de mão depois de longos segundos examinando o chapéu que ele segurava contra o peito. Uma sugestão de sorriso surgiu em seus lábios e seus olhos passearam discretamente por seu corpo, chapéu e olhos. As bochechas de Jungkook deviam estar na cor de seu carro vermelho. — Destiny Hope.

— É um prazer. — Ele recolheu sua mão, xingando-se mentalmente por não tê-las enxugado na calça antes de segurar a mão de Destiny.

— Eu aposto que é. — Ela sorriu de verdade dessa vez e colocou as mãos na cintura coberta por sua blusa branca da Versace e Jungkook fez o seu melhor para não olhar demais para a mulher deslumbrante parada no batente da porta.

Ele estava nervoso e não sabia por quanto tempo conseguiria sustentar o olhar julgador e discretamente interessado de Destiny. Mulheres bonitas o deixavam nervoso e inquieto.

— Destiny, pare de flertar e deixe Jungkook entrar. — Um cara que Jungkook presumiu ser Namjoon, o agente de Jimin, apareceu atrás de Destiny e ela abriu espaço para que Jungkook entrasse. — Desculpe por isso.

— Não precisa se desculpar, cara. Mesmo. — Jungkook aceitou o aperto de mãos que Namjoon ofereceu. — Muito obrigada por me receberem aqui.

Jungkook tentou não ficar boquiaberto com a parte interior da casa. Um pequeno corredor com paredes brancas e parte inferior de madeira polida antecede uma enorme sala de estar. O sol da manhã brincava timidamente com os cristais do lustre pendurado elegantemente no teto. O piano perfeitamente polido fez os olhos de Jungkook brilharem como se ele fosse uma criança em um parque de diversões.

Namjoon pareceu perceber seu encantamento e sorriu para si mesmo. Jungkook não estava fazendo papel de bobo, estava?

Taehyung sempre dizia que Jungkook deveria ser mais confiante e não confundir humildade com submissão ou humilhação. "Você é um artista grande, Jungkook, aja como tal, porra", ele dizia.

Mas Jungkook jamais se compararia a Jimin Carter. Não, de forma alguma.

"Jimin é incomparável" ele pensou. "Santo Deus, eu estou na casa dele."

— Nah, somos nós que precisamos agradecer por ter vindo. Taehyung falou muito bem de você e tenho certeza de que Jimin vai adorar te conhecer.

— Oh, eu... — Namjoon não percebeu que ele estava pensando em Jimin, percebeu? Jungkook falou em voz alta? Merda, ele com certeza se envergonharia na frente de Jimin.

— Essa porra de verso...sério. Destiny, acho que temos que trocar esse pelo primeiro, deixar antes do refrão e...

Ao ouvir a menção de seu nome, mesmo com a música relativamente alta, um cara de mais ou menos 1, 75 cm de altura, cabelo preto-azulado brilhante e calças jeans largas e rasgadas no joelhos, apareceu no cômodo. Suas mãos cheias de anéis seguravam um grande bloco de notas e uma caneta, um vinco entre as sobrancelhas evidenciando sua atenção voltada para a música. Jolene, de Dolly Parton. Sua camisa de gola redonda era larga demais e revelava uma de suas clavículas quando ele andava, sua pele dourada provavelmente pelos dias ensolarados de praia na Califórnia.

II MOST WANTED ★ JIKOOK VERSIONWhere stories live. Discover now