CAP°15- Beijo

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Tô publicando esse capítulo
mesmo sem vocês cumprirem a meta porque
Vou ficar alguns dias sem postar .

Boa leitura.

Quem não comentar
Esse ano :🤰🤰🤰


Molly Durand

Me arrasto até a um canto dessa maldita sala horripilante e dobro meus joelhos até ao meu peito . Num tardar meu músculos estão convulsionado e os tremores do meu corpo fazem meu peito doer , e lágrimas que parecem cascatas de água salgada saiem dos olhos me fazendo soluçar.

Eu não sei o que fiz pra merecer uma coisa assim . Serei condenada a uma vida infeliz e sem amor ou compaixão.
Estou sagrando por dentro meu coração está dilacerado e o cheiro de sangue e mofo só contribui pra me magoar mais ainda , estou suja de sangue dos pés a cabeça, olho para un ponto qualquer na parede e tento fazer minhas lágrimas cessarem enquanto penetro minhas unhas em torno dos meus braços , quanto mais fundo elas vão mais meu subconsciente se concentra na dor e esqueci a merda que tenho vivido nessa casa .

Arranhar ou morder meu corpo se tornou uma espécie de escape e tem me ajudado a esquecer a maioria das coisas que tenho vivido nessa casa .

Tiro minhas unhas da minha pele e tento ignorar a ardência que se assolou na área dos meus braços quase em meus cotovelos .

Encosto minha cabeça na parede e fecho meus olhos enquanto imagino momentos felizes com a minha família, Jennifer e Oliver .

Antes de eu e meus pais irmos pra Paris, em Saint- élent eu tinha poucos amigos e eram poucas as pessoas da minha família que conhecia de verdade , meus avós tanto do lado paterno quanto o materno não os conheçi e meus pais sempre me falaram pra esquecer esse assunto . Quando papai e mamãe discutiam , eu ficava debaixo das escadas observando tudo e depois da briga mamãe ia pra cozinha e tirava uma garrafa de vinho, whisky ou Vodka e ingeria guela a baixo até se sentir satisfeita . Nunca entendi esse seu comportamento mas agora entendo ela usava bebida alcoólica como escape pra aguentar papai e as outras merdas que só ela sabia que estava  vivendo.

Foram noites em claro que eu não dormia por conta dos gritos , coisas quebrando e barulhos de tapas que faziam jus aos meus pensamentos sombrios. Quando eu tinha 12 anos, eu comecei a me ferir com lâminas ou até mesmo com as minhas unhas só pra esquecer que no andar de baixo meus pais brigavam . A dor sempre era um escape perfeito pra esquecer do mundo a fora, quando eu sentia dor eu meio que me teletransportava para um mundo colorido e cheio de cor e palavras de amor .

Nesse mundo eu e meus pais éramos felizes , e não existia brigas ou crianças fazendo bullying por conta do meu cabelo ou da minha altura , nesse mundo eu era normal e todos viviam felizes pra sempre .

Quando fiz 14 anos minha mãe descobriu sobre os cortes e me mandou prometer que nunca mais faria isso comigo mesma , mas eu falei que eu só pararia se ela também terminasse de consumir bebida alcoólica em exagero e naquele dia eu tinha parado de me ferir propositalmente até eu vir parar nessa
mansão e ser  presa a um tirano sem escrúpulos.

Quando dou por mim sou levada pela escuridão e deixo que ela  me leve e cale todos os meus pensamentos.

°°°

Olho para o lago e vejo a água cristalina em contraste com a luz do sol , hoje está fazendo frio mesmo com o sol no céu .

Olho para o lado e vejo Clara correndo na minha direção mas ela não está feliz , tá parecendo que está aflita e com medo muito medo .

Meu diário Where stories live. Discover now