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♚Não, isso não é uma miragem, meus humaninhos! Parece um sonho (ou pesadelo), mas sim, eu estou de volta depois de tantos meses sem aparecer por aqui!

Como eu já disse antes, eu nunca desistirei dessa história porque eu gosto muito dela. PORÉM, se um dia eu for desistir, por seja lá qual for o motivo, eu avisarei. Mas é MUITO improvável que aconteça.

Enfim, pessoinhas, eu amo muito vocês e peço mil desculpas pela demora, foi um conjunto de preguiça com falta de tempo pela faculdade. Inclusive, já admito que revisei bem por cima esse capítulo então se encontrarem algum erro, podem me avisar.

Espero que gostem :)










Deitada na cama com as mãos pousadas sobre a barriga e os olhos vidrados no vazio do teto, Svetlana encara como sua vida consegue virar de cabeça pra baixo de novo, de novo e de novo... Sempre pensa que vai conseguir se acostumar, afinal já passou por tanto na vida. Mas não, toda vez que algo acontece, os sentimentos ruins a atacam junto com a insegurança.

Ela respira fundo.

É difícil. Queria poder viver em paz, sair em missões de vez em quando, assistir um filme nos finais de semana ou jogar um jogo sem ter a mente tão focada nos problemas.

Aproveitando a distância de Katerina, que a ruiva não faz ideia de onde esteja, ela levanta a mão direita e move os dedos em um movimento delicado, criando acima de si um pequeno redemoinho de névoa azulada que ela deixa girando sozinho.

Aquilo é a vida dela. Um redemoinho. Caótico e bagunçado, destruidor e assustador. Pessoas não gostam de redemoinhos, eles causam estragos por onde passam, deixam vítimas e cacos espalhados. Por isso ela não faz amigos, por isso se mantém longe de pessoas que podem acabar com suas vidas arruinadas graças a ela. Sydney é um exemplo. Svetlana ama a loira, é o amor da vida dela e mesmo assim às vezes se arrepende de como a levou para o meio da confusão. Steve e Natasha também. Ver os pais sofrerem com a pressão e o medo diariamente é mais um peso que ela carrega. Ela é a culpada de tudo. Ela é o motivo de tantos problemas na vida dos dois. Sem ela ali tudo seria mais fácil.

O silêncio apenas ajuda na crise existencial de Svetlana, e ela pretendia ficar ali o resto do dia, na quietude de seu quarto, porém, é interrompida pelo estômago revirando com um rosnado alto.

Deveria ir comer alguma coisa.

Sem a presença de Natasha, Steve ou até mesmo Sydney, ninguém ali no Complexo fica de olho no que Svetlana come ou deixa de comer. Passar um dia inteiro sem comer acaba acontecendo, assim como pular refeições.

Ao levantar subitamente a parte superior do corpo, o redemoinho acima da cabeça some e ela olha ao redor, pensando sobre o que deve fazer. Sair e buscar comida é uma opção que parece bem tentadora, mas voltar a se deitar parece melhor ainda.

Considerando as opções e olhando mais uma vez ao redor do quarto, Svetlana finalmente bufa e decide fazer o que acredita ser o certo: levantar e ir até a cozinha.

De pé, começa a andar na direção da porta com seus pés descalços que ganham a cobertura de meias e tênis surgindo conforme dá os passos. O celular na escrivaninha levanta sozinho, flutuando até o bolso da calça jeans. Svetlana sabe que Natasha odeia que ela use as habilidades desnecessariamente, mas ela gosta, e sempre usa quando a mãe não está por perto.

ExperimentoWhere stories live. Discover now