Capítulo 29

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Meu sangue está fervendo

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Meu sangue está fervendo.

O que eu não daria para estar na academia neste momento, socando
o saco de pancada, mas a Loira precisa de mim.

E eu estou aqui para ela.

Ainda é difícil digerir tudo que ouvi e o pior é que sei que ela não contou tudo. Não gosto nem de pensar no que ela passou e foda-se, mas quero arrancar todas essas lembranças ruins dela e substituir por novas.

O semáforo abre e coloco o carro em movimento.

April está quieta ao meu lado olhando pela janela.

O olhar perdido.

Faz quinze minutos que saímos da sua irmandade.

Tudo o que ela possui cabe numa mala média e uma mochila.

É...

Respira, porra.

Depois que conversamos e que a convenci a aceitar ajuda, Megan e
Josh entraram novamente.

Troquei um olhar com meu amigo, o tranquilizando que estava tudo bem.

A sua garota nem olhou na minha direção, correu em direção à amiga e a abraçou forte, assegurando que tudo ficaria bem.

Eu me certificarei disso.

April nunca mais estará sozinha.
- Já estamos quase chegando - sinalizo, ao virar na rua onde fica meu apartamento.

Ela olha os arredores sem disfarçar a surpresa.

É um pouco afastado do centro e do campus, mas foi exatamente isso que conquistou, a tranquilidade.

- É lindo.

- Que bom que gostou. Não é nada de mais, um apartamento simples no 5º andar, num prédio sem elevador. Se prepare para fazer exercícios. - Pisco e ela dá um sorriso tímido. - O que gosto aqui é como conseguiram integrar os edifícios com a vegetação nativa. Grande parte foi mantida e hoje é área de preservação. É bom acordar com o som dos pássaros.

- Achei que você morasse na ALT.

- Durante a semana, geralmente fico lá, acaba sendo mais prático, por conta dos horários dos treinos e aulas - explico e ela apenas assente, pensativa. - Além disso, adoro os caras - pisco e lá está seu sorriso de
novo -, mas aqui é o meu canto.

Está quase anoitecendo quando estaciono o carro em frente ao prédio.

Desço e contorno o carro para ajudá-la.

- Vou pegar sua mala e já subimos - aviso, abrindo o portamalas.

- Ok! - devolve, e neste momento, não parece em nada com a garota sem papas na língua que eu adoro provocar.

Subimos as escadas em silêncio.

- Minha casa, sua casa - brinco, assim que abro a porta. - Vamos, Loira. - Estendo a mão e seu olhar vai para ela.

Até o Semestre AcabarWhere stories live. Discover now