Capítulo 12

81 8 3
                                    

Na hora que o puto do Matt anunciou a brincadeira, eu sabia que as chances de dar algo errado eram grandes, mas fui egoísta

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Na hora que o puto do Matt anunciou a brincadeira, eu sabia que as chances de dar algo errado eram grandes, mas fui egoísta.

No fundo, esperava que rolasse um beijo, não vou mentir, mas ver seu pânico com aquela pergunta me quebrou.

Naquele momento, eu só queria tirar a tristeza do seu olhar e garantir que tudo ficaria bem.

Megan não levantou e foi embora, como muitos esperariam.

Ela insistiu em concluir a brincadeira, e claro que os caras perceberam meu interesse nela, só um cego não enxergaria isso.

Eu já esperava alguma zoeira, um selinho, mas nada me preparou para o turbilhão dentro de mim ao vê-la se aproximando, seu olhar no meu... seu toque na minha pele.

Caralho, se não tive que cerrar os punhos e reunir todo meu controle para não ficar de pau duro, bem ali, na frente de todos.

Eu a quero...

Muito.

A brincadeira continuou, não para mim ou para ela.

Para nós, acabou ali.

Quando Megan pediu licença, nem pensei duas vezes, segui no seu encalço.

Eu precisava saber se ela estava bem.

Ela seguiu para a área externa nos fundos da casa. Um jardim privativo e onde milagrosamente não havia ninguém.

Longe de toda bagunça e barulho.

Estamos sozinhos...

- Você está bem, Nova York? - questiono parando a poucos passos dela.

Ela vira o rosto e dá um sorriso que não me engana.

- Você não deveria estar lá, jogando? - desconversa.

- Como, quando a única coisa que me interessa está aqui fora?

Ela revira os olhos e volta a olhar para a frente.

- Desculpe os caras, eles podem ser irritantes - faço uma careta - mas são legais.

- Eu gostei deles - afirma e realmente parece querer dizer isso.

- Não está brava?

- Brava? Não, por que estaria? - Arqueia a sobrancelha, o olhar no meu.

- A pergunta...

Morde os lábios e volta a olhar para o horizonte.

- É complicado. - Dá um sorriso triste e resolvo não tocar mais no assunto, não hoje.

- Se quiser conversar, não sou apenas um rostinho bonito.

Ela sorri e meu peito acelera.

-Nem modesto, também, hein?

- Hey, não sou eu quem diz! - Ergo as mãos em minha defesa.

- Claro, aposto que nesta festa há várias garotas que afirmariam isso sem nem piscar.

- Talvez, mas só uma me interessa - devolvo baixinho, mas sei que ela escutou já que vermelho tinge suas bochechas. - E quanto ao desafio? - questiono, me aproximando.

Céus, seu perfume é delicioso, e só consigo pensar em sentir a maciez dos seus cabelos de novo.

- O que tem ele? - Vira o corpo e ficamos frente a frente. -Era apenas uma brincadeira, certo?

Claro, embora eu não queira que seja.

- Sim, uma brincadeira - friso, não conseguindo desviar o olhar dos seus lábios, que ela insiste em morder -mas acho que você gostou dela, você gostou de me beijar, Nova York? - provoco, colocando uma mecha atrás da sua orelha.

Seu corpo arrepia sob meu toque, mas ela não recua e, claro que, tampouco, fica quieta.

- Era apenas um desafio. - Dá de ombros. - Beijei você como poderia ter beijado qualquer um ali - retruca, sem me fitar.

Só por cima do meu cadáver.

Diminuo a distância.

- Fala isso olhando para mim. - Toco seu queixo com o indicador, encontrando seus olhos azuis.

Tão perto.

Eu poderia... eu queria tanto prová-la.

- Aí estão vocês - Will dispara, arruinando o momento. - A loira aqui está desesperada atrás da amiga e pronta para chamar a polícia.

- Céus, você é sempre exagerado?

- Não é verdade?

- Talvez... - Revira os olhos.

- April, desculpe, eu vim tomar um ar fresco e...

- Ar fresco, é? - Olha para nós e dá um sorrisinho.

A baixinha cora e me afasto, precisando ficar longe da tentação que ela representa.

Pareço um adolescente de novo, louco para beijar a garota.

- Vou voltar para a festa - W anuncia, se virando para voltar para
dentro da casa.

- Obrigada, recebedor - a loira grita, sem olhar para trás. -Desculpe atrapalhar, é que preciso ir - faz uma careta, totalmente sem graça -, você quer que eu te leve, Megs?

Eu poderia falar que a levo, mas meu controle está por um fio.

- Claro, claro, sim, vamos! Já é tarde.

- Ok, te encontro lá fora, assim, você pode... - Gesticula na nossa direção, nada discreta e quero rir. - Se despedir.

Acena na minha direção e sai tão rápido quanto chegou.

- Isso foi... - Megan começa, visivelmente sem graça.

- Sutil? - brinco e ela ri.

- Não poderia descrever melhor - devolve, me olhando. - Eu me diverti - continua e controlo a vontade de puxá-la para meus braços.

- Vou organizar nossa próxima missão - anuncio, tentando quebrar a tensão.

- Como? - Parece realmente confusa.

- Temos outras metas a cumprir, Nova York, não sei quanto a você, mas eu levo as minhas muito a sério.

Choque cruza seu semblante, mas então ela abre um sorriso gigante
que faz tudo dentro de mim se agitar.

- Além disso, teremos que repetir a festa na fraternidade. Hoje só não conta.

- Ah, não?

- Claro que não, nem dançamos.

Arregala os olhos, negando com a cabeça.

- Nada de dança. Tenho a coordenação de um saco de batata.

- Preciso ver para poder me manifestar. - Pisco, me aproximando de novo.

A garota é como um ímã, me atraindo.

- Acredite, estou te protegendo de um grande trauma.

- Eu aceito os riscos.

Lá está ela, mordendo os lábios, de novo.

- Tenho que ir. - Gesticula na direção da porta, se afastando devagar. - Obrigada por hoje, eu realmente me diverti, Josh.

- Eu também.

Muito.

Observo-a se afastar e desaparecer na multidão que está na sala.

Eu poderia ter qualquer garota ali, seria fácil...

Mas eu quero apenas uma: ela.

Parabéns, Josh, você está oficialmente fodido.
.
.
.
.
.
.

Até o Semestre AcabarWhere stories live. Discover now