Wonderfall - Fernanda e Alane.

Airtibak.

VOLTEI GALERAAAAAAA!!!

Demorou? Demorou, mas o importante é que voltei. Como disse anteriormente, minha vida tá um abuso de corrida, então, não estranhem se eu demorar alguns dias ou semanas pra aparecer, não vou abandonar a história.

Espero que gostem, mesmo o capítulo de hoje sendo um pouco... triste?

Tirem suas conclusões.

PS: Para conhecimento de vocês, caso não saibam, o verdadeiro nome do Bin é Jefferson e estarei utilizando-o, portanto, quando lerem o nome verdadeiro imaginem ele como o Bin. Denis é um ex-affair da Alane na vida real.

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POV de Fernanda

Airtibak (n.): A súbita compreensão de não estar entendendo algo.

- Certo, senhoritas, estão dispensadas. Receberão a avaliação final do projeto de vocês na próxima aula. Alane e Isabelle na minha aula e Deniziane na aula da professora Leidy. – Falei, depois de ouvir a conclusão do trabalho delas e de fazer alguns comentários a respeito, assim como Leidy.

As três garotas levantaram-se, despedindo-se educadamente. Exceto Alane, que, ao contrário de antes, não me olhava mais. Senti-me intrigada e quase deixei que minha mente mergulhasse em um mar profundo de questionamentos, mas fui interrompida por Leidy.

- Estou tentando entender o motivo da sua rudeza com aquela aluna. – Leidy perguntou baixinho, de forma que somente eu pudesse ouvir, com os braços apoiados na mesa, olhando-me meio de lado.

- Quem? Alane? – Perguntei, tentando soar casual.

- Sim! – Ela exclamou. – De longe, o croqui dela foi o melhor e o projeto delas foi o melhor. Arrisco dizer que isso aqui – Ela falou, pegando o croqui de Alane. – pelo menos conceitualmente falando, está melhor do que os dos nossos alunos do último ano. Não há muita técnica, mas Fernanda, você tem que admitir que isto está incrível. – Leidy falava com um tom levemente indignado e eu desconfiei que minha amiga não estava gritando somente porque as três ainda estavam no auditório.

- Eu sei. – Falei, levantando-me, colocando todos os projetos dentro da pasta. – É por isso mesmo que eu ajo assim com ela. – Expliquei o óbvio.

- Ah não... – Ela exclamou, levantando-se também e fechando sua bolsa. – Você não vai...

- Sim, eu vou. – A interrompi, respondendo a pergunta que ela nem havia feito, mas eu havia entendido.

- Por que?! – Ela perguntou, quando começamos a caminhar em direção à saída.

- Não é óbvio? – Eu ia continuar a explicar, mas fui interrompida por meu celular, tocando.

O retirei da bolsa e vi o nome de Rodrigo no visor. Leidy também viu.

- Rodrigo! Ah, quanto tempo não o vejo. – Minha amiga falou, com um ar saudoso ao citar nosso velho amigo da faculdade.

"Preciso dar um jeito de perguntar à Alane se ela quer, realmente, ir ao almoço", pensei.

- Ele está em Boston, vou almoçar com ele. – Deixei sair de minha boca, sem ao menos raciocinar a respeito da informação que estava dando à Leidy.

- Ah! Eu também vou! – Leidy decretou e eu senti meu corpo gelar.

"O que?! Não!", pensei alarmada, buscando em minha mente qualquer desculpa plausível para dizer à minha amiga que ela não podia ir.

Não achei.

Deslizei o visor para o lado, atendendo a chamada de Rodrigo, que ligou confirmando o almoço e antes mesmo que eu acabasse de responder que sim, ele já estava perguntando se Alane estaria presente, bem no momento em que eu estava cruzando o corredor ao lado da fileira onde Alane e suas amigas organizavam suas coisas.