Ferlane.

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POV de Alane

Ferlane (n.): uma voz que não usa palavras. Apenas se sente. Apenas se escuta.

Êxtase. Suas mãos puxaram-me pelo quadril fazendo nossos corpos se chocarem em meio a escuridão daquele quarto. Meu sexo manifestou toda a luxúria quente e molhada que corria pelo meu corpo.

"Oh...", gemi mentalmente, mordendo os lábios, que tremiam junto com todo o meu corpo em resposta à excitação que me mastigava viva.

Agarrei com as unhas nos cabelos de sua nuca, tentando buscar algum ponto de equilíbrio além de seus braços que envolviam possessivamente o meu corpo. Seus dentes e lábios prenderam-se ao meu pescoço, chupando deliciosamente a minha pele e como se a sensação de sucção fosse de fora para dentro, todas as minhas moléculas vibraram, fazendo-me sentir toda a minha pele arder, como se cada espaço de mim estivesse consumido por um incêndio impossível de ser apagado.

Nossas roupas haviam sido deixadas pelo caminho até o quarto e só nos sobravam no corpo as peças íntimas, de tal forma que quando suas unhas desceram fortemente pelas minhas costas, minha pele ferveu em desespero. Joguei a cabeça para trás, mas as mãos de Fernanda logo subiram de volta e senti seus dedos serem enfiados nos cabelos da minha nuca pouco antes de sentir a dor prazerosa e viciante de sentir seus dedos puxarem os fios que ela segurava para trás, ao mesmo tempo, puxando minha cabeça para si e sem ao menos me dar tempo para respirar ou raciocinar os movimentos que meu corpo fazia, sugou minha boca inteira, dando-me um beijo lascivo e incendiário.

A pouca luz que ainda havia no quarto desapareceu quando ela esticou o braço e fechou a porta ao nosso lado sem ao menos olhar. Antes que eu pudesse raciocinar que a porta estava fechada, senti meu corpo se chocar contra a porta e o corpo de Fernanda encaixar-se ao meu. Nossas peles se beijavam tão ardentemente quanto nossas bocas. O quadril de Fernanda estava pressionado ao meu e sua coxa deslizava sutilmente entre as minhas, provocando-me, fazendo-me escorrer enlouquecidamente a cada centímetro de pele dela que se arrastava pela minha.

- Eu quero você. - A mais velha falou baixo em meu ouvido, em um sussurro libidinoso e impregnado de excitação.

Ou a frase ou a sua rouquidão fizeram meu sexo pulsar e empurrei o meu corpo contra o dela, que respondeu pressionando a coxa contra a umidade entre minhas pernas. Apertei as unhas ferozmente em suas costas, mordendo os lábios ao mesmo tempo, tentando, fracassadamente, omitir o gemido que me veio à garganta, quando ela mordeu minha orelha e a chupou vagarosamente.

- Oh... Fernanda... - Eu gemi o nome dela, apertando os olhos com força, tentando prolongar a sensação de sua coxa pressionando-me excitantemente o sexo.

Fernanda pressionou mais ainda a coxa em mim, fazendo-me sentir os lábios do meu sexo abrirem-se e meus dentes se chocarem com a sensação enlouquecedora que subiu pela minha carne. Meu corpo só respondia à ela, sendo totalmente maleável aos desejos que ela manifestava. Nossos corpos dançavam em uma dança enlouquecida de toques desesperados. Como se tivessem um imã, nossos quadris se moviam juntos, procurando um ao outro; e assim, nossas pernas, pés, coxas, se buscavam com urgência, nunca deixando um milímetro sequer de pele se desencostar.

A mulher que me possuía, virou-me para o outro lado, devorando-me a pele enquanto guiava o meu corpo mole através do quarto, até que senti minhas pernas baterem na cama e seu corpo empurrar-me intensamente para trás.

Meu corpo se chocou contra o colchão no mesmo momento em que o corpo dela se chocou contra o meu e a sensação de tê-la pesando sobre mim foi enlouquecedora. Meu corpo se consumiu por um desejo desesperado de ter mais dela e sem pudor algum, forcei meu corpo para cima, na tentativa de virá-la para baixo de mim.

Wonderfall - Fernanda e Alane.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora