IN HIS SILENCE [1] -EDWARD CULLEN ( Tradução )

UM

Aviso: toda esta história é baseada em um menino que sofre de grave ansiedade geral, transtorno de ansiedade social e transtorno de pânico. Leia a seu próprio critério.

Uma: Phoebe e Sekhani.

Sekhani gostava de acreditar que era uma pessoa cautelosa. Ele até se consideraria uma pessoa consciente. Embora ele soubesse em seu coração que na verdade ele era um pensador e um analisador excessivos. Ele passou a maior parte do tempo se perguntando por que certas pessoas disseram ou fizeram o que fizeram e procurando um significado mais profundo do que realmente havia em tudo.

Ele odiou isso. Mas era quem ele era e aprendeu a conviver com isso.

Conversar não era algo que ele gostasse e ele não via necessidade de mudar isso. Ele acredita que quando você está quieto, você fica mais consciente de tudo e seu nível de observância dispara. Sua mente era um lugar perigoso, cheio de pensamentos que geralmente começavam com as palavras "E se?". Ele costumava pensar em situações que provavelmente nunca ocorreriam e isso sempre o estressaria a ponto de não conseguir fazer coisas normais, como comer ou dormir.

Ele se lembra de quando sua mãe o levou para "buscar ajuda" porque ela não entendia por que seu filho parecia tão desconectado do mundo. Ele quase não falava com ninguém e isso sempre preocupava Segra Reed. Ela via seu filho se perder quando certas coisas aconteciam, era como se ele entrasse fisicamente em sua cabeça e não conseguisse sair. Seu corpo estava presente, mas ele não estava mentalmente. A preocupação só se intensificou quando um dia ela encontrou seu filho encolhido em um canto, hiperventilando enquanto segurava o peito, ele estava tendo um ataque de pânico. Ela imediatamente o levou para consultar um psicólogo. O médico atribuiu isso a uma palavra que mudaria sua vida para sempre; ansiedade.

Ansiedade. Sekhani, de quatorze anos, lembra-se de ter encarado o médico com um olhar curioso, a cabeça inclinada como sempre fazia quando ele não entendia alguma coisa.

O médico rapidamente percebeu sua expressão e explicou ainda: "Você parece estar sofrendo de ansiedade. A ansiedade é uma reação humana natural, sua mente, amígdala, está sentindo suas glândulas supra-renais começarem a bombear hormônios do estresse. A amígdala sente um perigo real. ou um perigo percebido. O que você tem parece estar centrado no perigo percebido. O perigo percebido é a preocupação de que algo catastrófico vai acontecer. Quando a amígdala sente que você está em perigo, seu trabalho não termina quando os hormônios começam. Seu trabalho também é estar ciente de qualquer perigo ou negativo, porque esta é uma função humana projetada para mantê-lo vivo. É por isso que você parece estar focado apenas em tudo o que pode dar errado e quanto mais tempo você sentir ansiedade, mais provável será que você pode até ficar questionando quando não está sentindo ansiedade."

Sekhani, de quatorze anos, não entendeu completamente todas as palavras que o médico estava usando, mas ouviu o homem divagar por horas sobre termos, precauções e medicamentos. O frasco de comprimidos laranja com o rótulo "Sekhani Reed", contendo pequenos comprimidos brancos de Xanax, parecia mais pesado do que realmente era quando ele o segurou perto do peito. Foi nesse dia que Sekhani percebeu que odiava comprimidos. Ele odiava a sensação estranha de engoli-lo e saber que isso estava mudando a maneira como ele agia.