Capítulo 8 - Batimentos desgovernados

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Lee Na

Seungmin e eu não trocamos mais palavra nenhuma desde a discussão no carro, pois quando ele voltou ao quarto após ter tomado banho, eu aproveitei para sair e fazer o mesmo, e no momento em que retornei, meu marido já estava deitado na cama, virado para o lado em que eu não conseguia ter visão do seu rosto, e por mais que a luz ainda estivesse acesa, eu não sabia se já estava dormindo ou não.

Exausta daquele dia e frustrada por não conversarmos, desliguei a lâmpada e me deitei, também virando para o lado oposto ao corpo dele. No entanto, não demorou muito e senti as mãos de Seungmin tatearem por mim, na intenção de me puxar para uma conchinha, e seus lábios irem de encontro com o final do meu pescoço, beijando próximo ao início do meu maxilar.

- Seungmin, pare, por favor.

- Não era para termos brigado hoje - disse ele, distribuindo mais beijos sobre a minha pele.

- Você só está piorando as coisas. Por favor, pare e vá dormir.

Repentinamente, ele parou de me tocar, afastando o rosto do meu pescoço.

- Qual é o seu problema? - questionou com um tom indignado. - Eu só estou querendo que fique tudo bem entre a gente de novo.

- Esse é o problema, porque não é assim que se resolvem as coisas e toda vez é a mesma história com você. 

Escutei claramente ele bufar de raiva e na sequência senti seu corpo se descolando do meu e voltando ao lugar em que estava antes.

- Certo, Lee Na. Durma bem - falou atravessado para mim, sem nem ao menos virar para me encarar.

- Boa noite - respondi sem emoção, já que todos os meus sentimentos estavam efervescendo tanto dentro de mim, que se eu os colocasse para fora, a casa inteira acordaria. Era nessas horas que eu sentia falta de estarmos em nossa cobertura e podermos ter uma briga colossal decente.

Não consegui pegar no sono, então apenas esperei que Seungmin dormisse, para que eu pudesse sair do quarto sem que ele notasse, pois ficar ao seu lado após o clima só ter piorado, estava me matando, eu precisava de uma mudança de ares.

Vesti meu robe de cetim, que era conjunto da camisola, e saí de fininho dali, de pés descalços novamente, só para não fazer nenhum barulho, mas não tentei ir para a cozinha como da outra vez, apenas sentei no sofá em meio à escuridão da sala de estar e fiquei ali a repassar mentalmente a breve indisposição que tivemos.

- Você não dorme, não? - disse a voz de Han, surgindo do corredor e aparecendo de braços cruzados ao lado de onde eu estava, como entrava luz da rua pela extensa janela da sala, ficava fácil de reparar que era ele.

- Ultimamente tem sido difícil.

- Vocês não fizeram as pazes? - perguntou, indo direto ao ponto.

Apenas acenei negativamente com a cabeça e em seguida ele veio ao meu encontro, ocupando o assento ao meu lado.

- Não é melhor você acender a luz? - indaguei.

- Por quê?

- Para não soar estranho se alguém aparecer aqui e nos ver a sós no escuro.

- Nós somos família, não tem nada de errado nisso.

- Está certo - respondi, inspirando fundo em seguida, ainda processando os últimos minutos que tinha vivido ao lado do meu marido.

- Você quer um chá? - questionou meu cunhado.

- Não, obrigada.

- O que eu posso fazer para você se sentir melhor?

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