22 | Um empurrãozinho

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× Boa leitura!

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Algo estava incomodando, era por isso que [Nome] se remexia tanto na cama. Por breves segundos seus olhos foram abertos apenas para que fossem fechados com força novamente pela luz que entrava pela janela. Era sexta-feira, a escola emendou o feriado de quinta-feira então não tinha aula e Yuen não precisava acordar cedo, não estava em seus planos, contudo, o celular vibrando no colchão foi o suficiente para que a despertasse.

Na noite anterior [Nome] acabou adormecendo com o celular na cama por estar maratonando as séries e animes que deixou acumular, foi sua pior decisão, se soubesse antes que alguém ligaria para ela em plena manhã teria ido dormir cedo, sem o celular. Procurando finalmente o aparelho em algum lugar da cama, dependendo de quem fosse, teria que ouvir suas múltiplas reclamações, ainda mais se fosse algum  número de cobrança que não exista ou era de alguma outra região.

— Alô? — Sentando na cama, Yuen tenta processar a voz do outro lado da linha. — Oioi, tenho certeza que se lembra de mim. Então esteja pronta daqui a 20 minutos e me encontre em frente a estação. Não se atrase! — Jogando as informações tão rápido quanto desligou, logo em seguida, [Nome] demora um pouco para associar o que ela acabou de falar. — Por que Mona tem o meu número? — Murmurando alto, seu olhar logo vai para a foto de perfil do número que ligou.

Estação, 20 minutos, sair, não se atrasar. Quem se arrumava em 20 minutos?!

Quando percebeu do que se tratava Yuen levanta da cama em um pulo, havia muitas perguntas rondando em sua cabeça, mas só as conseguiria se fosse a estação - mesmo que estivesse pensando seriamente em não ir, olhando para o porquinho na cômoda perto do armário, era hoje que ele seria destruído. De jeito nenhum [Nome] iria acordar seu pai para pedir dinheiro, era para situações assim que ela juntava dinheiro naquele pequeno cofrinho em formato de porquinho.

— Estou aqui, agora se explique. — Cruzou os braços e encarou ela. — Bom dia para você também, [Nome]! — Mona sorriu e deu atenção à própria bolsa no ombro. Diferente da roupa escolar, a que ela estava usando era de cores mais escuras - uma jardineira jeans e uma blusa de manga com estrelas e constelações -, ao finalmente achar o que queria dentro da bolsa, ela estende na direção de Yuen, eram dois ingressos.

— Ele já deve estar chegando, fique aqui mesmo, e não se preocupe que não é falso. Ganhei em um sorteio mas não conseguirei ir. Depois me conta como foi! — Logo após [Nome] pegar os ingressos, Mona saiu praticamente correndo enquanto dava tchau. Lendo os ingressos, eles eram endereçados ao aquário do centro da cidade. Por que ela iria dar isso? E mais, por que eram dois? Perdida em meio aos pensamentos, uma mão toca seu ombro.

Tremendo de susto, um grito foi segurado na garganta.

— A-Ah, não era para te assustar. Mas você estava aí no mundo da lua… — Scaramouche se afastou após tirar a mão dela. — Esse ponto de encontro… não, você viu uma garota de maria chiquinhas? — Ele acaba refazendo a pergunta no meio da frase. — Maria chiquinhas? Está se referindo a Mona? Ela- — Travando completamente no que iria falar, uma ideia se passa pela cabeça de [Nome]. Era ele que Mona estava falando.

— Desde quando a conhece? — Olhando confuso para [Nome], ela acaba mostrando os ingressos. — Ela nos enganou. — Foi tudo que [Nome] disse, os pontos só foram se ligando mais ainda depois que Kunikuzushi disse que Mona também o chamou para sair. — Sempre quis cortar aquelas marias chiquinhas, sabe. — Ele murmurou e logo em seguida suspirou. — Eu devia ter pensado nisso… — Ele concluiu. — Não é tão ruim assim, na verdade.

— A entrada é praticamente gratuita, só precisamos pagar a ida, volta e comida. — Apontando os fatos, Scaramouche para e pensa. — Isso é, se tivermos o suficiente para dividir tudo. Quanto você tem? — Ele questiona e rapidamente os dois somam tudo, após chegarem a uma conclusão eles partem para pegar o trem que rapidamente chegou. — Faz tempo desde que fui em um aquário, este vai ser um encontro divertido. — [Nome] comenta ao sentar no banco enquanto sorria.

Encontro… Encontro… Encontro?!

Sentindo-se nervoso repentinamente, somente a palavra ‘encontro’ causava tontura nele. Em nenhum momento isso havia se passado pela cabeça dele. Quero dizer, ele viria com Mona, mas não era lá considerado um encontro ou algo do tipo, isso nunca se passou pela cabeça dele, contudo, com [Nome] agora era totalmente diferente. — Você está bem? Está mais pálido que o normal. — Yuen se pronuncia e acaba cortado a linha de raciocínio de Scaramouche.

— É claro que estou bem, é apenas uma impressão sua. — Ele desviou o olhar para a paisagem passando na janela e [Nome] apenas assentiu enquanto focava sua atenção para o celular para que pudesse avisar algum dos seus irmãos, já que quando saiu de casa acabou não avisando ninguém que iria sair. Deixando o silêncio reinar naquele vagão conforme as pessoas iam entrando, algumas estações a mais e foi o suficiente para que ficasse cheio.

Percebendo que [Nome] estava perdida em algum jogo no celular e que o trem havia parado na exata estação que iriam descer, Kunikuzushi pensou rápido e entrelaçou seu braço no dela para que assim não pudesse a perder naquele vagão lotado e um acaba saindo do trem e outro não. Era assim que fazia com Nahida na maioria das vezes que saíam para algum lugar cheio, era isso ou dar as mãos.

Surpresa com a atitude, [Nome] firma o celular nas mãos e se deixa ser guiada por ele. Ter algum contato físico com ele era quase que um evento completamente raro, ainda mais quando era ele que iniciava esse contato. Não conseguindo conter o sorriso no rosto, assim que saem do vagão, Yuen se aproxima para firmar aquele contato. Ela estava feliz por aquilo, coisa que não passou despercebida por ele. — Por que está aí sorrindo sozinha? Que medo.

Estranhamente ele soou brincalhão, certo? [Nome] tinha quase certeza que sim. — Não posso mais sorrir do nada? Não sabia que você era fiscal de sorrisos. — [Nome] acaba entrando na brincadeira e por alguns segundos Scaramouche teve que esconder um sorriso.

Sweet Love | Imagine ScaramoucheWhere stories live. Discover now