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"━━ FÉRIAS EM FAMÍLIA!"
O casamento de Natasha e Jonathan chegou ao fim após muitos anos, entretanto, ambos sempre teriam Miguel e Nicolás, os gêmeos que vieram do fruto do amor que um dia existiu entre o casal, para manter um laço afetivo...
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• CAPÍTULO NOVE “um pouquinho”
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Natasha.
Uma fresta de luz atinge o meu rosto quando eu tento me mover sobre a cama e resmungo, voltando à posição anterior, me escondendo do Sol. Sinto a pele quente de Jonathan contra o meu corpo, seus braços fortes me abraçando contra ele e fazendo com que eu sentisse cada centímetro do seu abdômen colado à minha barriga, enquanto o meu rosto estava afundado na curva de seu pescoço. Já havia um tempo que estávamos naquela posição, não lembro quem procurou um ao outro no meio da noite, ou se foram ambos, mas eu que não iria nos separar.
Era bom. Não tinha vontade de sair. Não queria acordar. Queria ficar grudadinha daquele jeito para sempre, sem lidar com toda a parte complicada de realmente vivermos aquilo outra vez.
— Está acordada? — Ouço um sussurro e sinto um carinho em minhas costas, por dentro da minha blusa.
Prendo a respiração, não respondendo, e é claro que Jonathan nota a minha tentativa ridícula de fingir que ainda estava dormindo, porque ele solta uma risadinha rouca.
— Linda? — Chama baixinho.
— Nãooo. — Gemo manhosa, levando uma das minhas mãos até a cabeça dele, deixando meus dedos se perderem entre os fios loiros e, com certeza, arrepiados, e iniciando um carinho ali. — Eu quero dormir mais. Não quero levantar agora. — Continuo no mesmo tom.
— Você sabe que daqui a pouco terá duas crianças esmurrando nossa porta, no sabe? — Pergunta.
— Vou colocá-los de castigo se fizerem isso.
Jonathan ri outra vez.
— Maldade deixá-los de castigo nas férias, mi amor. — Murmura.
— Eu posso ser malvada às vezes. — Retruco.
— Você pode, claro. — Confirma. — Mas não vai ser em plena férias num cruzeiro, não é? — Completa e eu resmungo a contragosto, mas confirmo com a cabeça, sentindo ele sorrir. — Você já está acordada, não vai conseguir dormir mais. Vamos levantar?
— Você não quer ficar abraçadinho? — Indago baixinho, sentindo meu rosto esquentar, porque aquilo era uma confissão do que eu queria.
Jonathan fica em silêncio por alguns segundos e eu sinto vontade de pular a varanda do quarto por ter feito uma pergunta daquelas.
