Capítulo 13: Aliança

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   Se intuição tivesse uma palavra par, com toda certeza seria: encreca. Se "não" tivesse dois acompanhantes, seria certeza: nunca e jamais. Dentre todos os sinônimos de perigo, um que poderia substituir essa palavra, seria ameaça.

   Koushi analisava a marca no meu pescoço, nem poderia me mexer ou atrapalharia. O clima do ambiente era tão pesado que nem mesmo uma manada de elefantes ou uma bigorna poderia acabar com ele. Todos presentes estavam sérios e apreensivos, que essa sensação que me era causada foi provavelmente por aquele sonho.

   Se eu dormir, a voz falaria comigo de novo? Ela poderá dizer-me o que não podia? Poderei encontrar seu dono? Era tantas perguntas que ficava zonza. Tanaka que estava ao meu lado me segura em seus braços ao ver que quase caí.

   - Mei, você está bem? - Perguntou.

   - Eu não sei, mas acho que sim. - Respondi com a voz baixa.

   - Bom... - Disse Sugawara, afastando de mim. - Parece que é a marca de Selene.

   - Marca de Selene? - Perguntei sem entender nada.

   Eu sabia o que ou quem é Selene, na mitologia grega ela é a Deusa da Lua, cargo às vezes confundido com Ártemis, a Deusa da Caça. Mas nunca havia ouvido falar nessa marca.

   - Aqueles que sabem sobre a existência dos vampiros são marcados pelos Originais.

   - Originais?

   - Os vampiros primordiais. - Disse Kuroo entrando na sala. - Eles podem se comunicar com os humanos através de sonhos.

   Sonhos? Então, aquela voz que se comunicava comigo era de um Original? Mas quem era ele ou ela?

   - Eu lembro de ter sonhado com uma voz. Provavelmente um deles.

   Minha fala faz com que todos olhem para mim.

   - Espera, você sonhou com um deles? - Perguntou Asahi perplexo.

   Acenei com a cabeça.

   - Eu não sei de quem era, mas ela me disse que estava correndo um grande perigo.
 

   - Espere, como assim não tem tempo? -

   - Ainda não posso responder. Mas a única coisa que posso lhe avisar é que você está em perigo gigante, Mei.

   - Perigo? Como assim?

   - Como eu disse, não posso responder agora, terá que descobrir por conta própria. Agora, você tem que acordar, talvez eles te contem.

   A curta conversa que tive com a voz foi o suficiente, para poder formular tudo que tinha a dizer.

   - Ela disse que não tinha tempo, mas disse que eu teria de buscar respostas, e fazer perguntas para certas pessoas. - Dei ênfase em certas pessoas.

   - Mas quem? - Perguntou Kiyoko perdida.

   - Ela ou ele não especificou, mas pontuou como Eles.

   - Eles? Por acaso, não estaria falando dos Originais? - Uma voz não presente antes no ambiente fala.

   Olhei pra porta onde estava o capitão da Aoba Johsai e seu time. Se não me falha a memória, acho que seu nome era Oikawa. O garoto cabelos cor de chocolate vem em minha direção.

   - Oikawa, o que faz aqui? - Kageyama pergunta sibilando.

   - Bom, sei que é falta de educação escutar a conversa dos outros, mas acabei me interessando.

   - Não é por causa do Shiratorizawa, não? - Perguntou o garoto de cabelos salmão, provavelmente do time de Oikawa.

   - Nem fala esse nome, dá-me angústia de só lembrar. - A feição do rosto do acastanhado muda para uma de raiva.

   Por que? Oikawa tem algum tipo de richa com alguém do clã?

   - Se for para proteger a Mei, devemos criar uma aliança. - Comentou Yachi.

   - Uma aliança? - Perguntou Daichi.

   - Sei que alguns de nós não nos damos bem, mas precisamos nos unir para protegê-la. Afinal, também é pela Junko e toda a família Fujisaki.

    - É verdade. - Disse Kenma. - A família Fujisaki tem uma forte ligação com os vampiros, se a Mei for capturada pelo Inarizaki ou Shiratorizawa, ela pode ser morta.

   Se pensar por esse lado, é real. Meus pais e meus irmãos estarão em perigo, mais mortes irão ocorrer. Sei que é para minha proteção, mas tenho medo de tudo dar errado.

   - Sei que é pela minha vida, mas não devem se sacrificar por mim. - Senti uma lágrima descer do olho. - Não quero que morram.

   Hinata vem ao meu rosto e limpa a trilha feita pela lágrima.

   - Prometemos. - O ruivo me dá um sorriso. - Não vamos deixar nada acontecer com você.

   Se a sensação horrível teria sido derrubada, com certeza foi. Só de olhar para o sorriso gentil de Hinata deu-me esperanças.

   - Obrigada, Shouyo. - Sorri.

   - Vamos aceitar essa aliança. - Disse Kuroo. - A gatinha bonitinha vai tá em segurança.

   - Também vamos. - Falou Oikawa confiante.

   - Oikawa? Vai realmente aceitar? - Perguntou Iwaizumi.

   - Tenho assuntos pendentes com alguém, então vou aceitar. - O moreno realmente não parecia se arrenpender da decisão.

   - Parece que não temos escolha. - Refutou Hajime. - Mas, ok.

   - Está bem, então temos um acordo! - Gritou Daichi.

   De repente senti meu corpo pesar e meus olhos fecharem. Por sorte Tanaka me segura, já que estava em seus braços.

   - Ela desmaiou? - Perguntou Lev.

   - Parece que sim. - Respondeu Yaku.

Continua...

Bloody Valentine - Imagine HaikyuuWhere stories live. Discover now