Capítulo 6: Descoberta

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Recebi uma ligação dos pais da garota que tinha ajudado ontem, eles confirmaram que sua filha estava bem, mas precisava de uma transfusão de sangue. Por sorte, eles haviam encontrado alguém para doar. Fiquei aliviada que a mesma está viva.

Mas acontece que a cena dos olhos de Tsukishima e Yamaguchi mudando de cor não saía da minha memória, e quando Asahi perguntou sobre o pingente, estranhei muito, provavelmente ele sabia do colar e conheceria minha ancestral Junko. Mas possivelmente estou sonhando.

Hoje teria que ir no treino, afinal, eu sou a gerente, né? E os rapazes teriam um intercolegial daqui umas semanas, então era bom treinar cedo.

Já estou arrumada. Saí de casa, deixando-a vazia. Mamãe e Nanako estão na floricultura trabalhando, enquanto papai levava os três pequenos ao pediatra.

Já estou em frente ao ginásio. Abri a porta.

- Desculpe o atraso, bom dia. - Entrei no ginásio atraindo o olhar de todos.

- Bom dia, Mei, minha Deusa. - Tanaka e Nishinoya vieram em minha direção e foram parados por Daichi.

- Bom dia, Mei. - O capitão deu um sorriso.

- Bom dia capitão. - Sorri para o mesmo. Fui à Kiyoko e Yachi.

Passamos o dia inteiro treinando e ajudando os garotos, vi que Kei e Tadashi me ignoravam. Asahi vem até mim.

- Oi, Asahi. - Respondi.

- Oi. - Falou nervosamente.

- Bom, sobre ontem, esse pingente pertencia à minha ancestral, Junko Fujisaki. Conhece sobre ela?

- Bom, podemos dizer que, um ancestral meu a conheceu. - Ele coloca a mão no bolso como se fosse pegar algo. - Olha. - Entregou-me um papel dobrado.

- É uma foto de 1953. - Disse Kiyoko.

Abri e era um fotografia antiga. Tinha uma moça elegante que usava o mesmo pingente que o meu, possivelmente era Junko, tão parecida comigo. Ao lado dela, tinha doze garotos e duas garotas. Espera, eles são parecidos com todo o clube de vôlei. Tipo, um ruivo era igual a Hinata, um loiro era igual a Kei, o garoto de mecha amarela era como Yuu e resto era mesma coisa. Meus olhos estavam arregalados e não conseguia acreditar.

- Mei, cuidado! - Ouvi a voz de Hitoka me chamar e voltar a realidade.

Uma bola estava quase chegando perto do meu rosto, até que Narita, que estava ao meu lado, segurou minha cintura rapidamente e me puxou e Kinoshita jogou a bola com força para longe.

- Você tá bem? - Perguntou.

- Tô, mas como fez isso? - Perguntei chocada.

- Pode se dizer que foi um reflexo. - Respondeu. Vi sua mão machucada.

- Tá tudo bem com sua mão? - Peguei a mão de Kinoshita, mas ela parecia bem.

- Sim. - Respondeu.

- O bom é que não saiu com nenhum arranhão. - Narita me soltou.

- Obrigada, meninos. Eu vou ao banheiro. - Acenaram com a cabeça e saí do lugar.

Fui ao banheiro, olhei no espelho e suspirei. Não é possível, não sou crédula e nem posso ser, mas como posso negar o que está bem na minha frente?

Alguém que nunca envelhece.

- É uma foto de 1953. - Disse Kiyoko.
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Alguém que nunca se machuca.

- Tá tudo bem com sua mão? - Peguei a mão de Kinoshita, mas ela parecia bem.

- Sim. - Respondeu.
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Alguém que muda de um jeito inexplicável quando se fala de sangue e some do nada.

Yuu olha minha mão machucada e vira o rosto, como se não quisesse ver. Vejo que ela sangrava, será que ele era hemafóbico?

- É melhor você cuidar da sua mão na enfermaria, vou levar as garrafas. - A voz do garoto parecia estar tensa.

- Ah, não tem problema. - Quando olhei para cima, Nishinoya não estava mais aqui. - Yuu? Cadê você?

Olhei nos olhos dos dois rapazes que estavam... estranhos e diferentes?

- Meninos, seus olhos estão bem? - Aproximei-me dos dois que se afastaram rapidamente.

- Mei, sua mão está... - Yamaguchi falou olhando para frente.

- Tá tudo bem. - Respondi, mas os dois garotos não estavam mais em minha frente quando levantei a cabeça. - Kei? Tadashi?
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Garotas mordidas e corpos sem sangue.

O corpo estava com falta de sangue e parece que algum animal foi o responsável pelo ataque à jovem
O pescoço da vítima estava com um sinal de mordida, atacado por algum animal de dentes afiados

O pescoço dela estava com marcas de mordida e sangrava. Igual a garota morta de dias atrás.

- Foi... um...

- Foi um animal que fez isso com você? - Perguntei.

- Não... um... vam... vam... vampiro. - A garota apagou ao dizer essas palavras.
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Então, é real. Não é um sonho, não é uma ilusão. A ficha caiu. Aquelas garotas foram vítimas de vampiros. Então, os doze garotos e as duas garotas, até o treinador Ukai e o professor eram vampiros?

Corri até o ginásio. Abri a porta com força e tento recuperar o meu fôlego. Todos tinham seus olhares em mim.

- O que vocês são? - Perguntei enquanto suspirava.

- Então, finalmente descobriu? - Perguntou Kageyama.

- O que vocês são? - Repeti a pergunta.

- Você sabe. - Disse Daichi.

- Não, eu não sei. - Respondi irônica.

- Sim, sabe. Ou não estaria aqui. - Disse Koushi.

- Não é possível.

- Tudo o que você conhece, todas suas crenças estão prestes a mudar. Está pronta para isso? - Perguntou Ennoshita.

- O que vocês são? - Repeti pela terceira vez.

- Somos vampiros. - Respondeu Hinata.

Continua...

Bloody Valentine - Imagine HaikyuuWhere stories live. Discover now