Capítulo 7: Um pequeno momento entre mãe e filha

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- Somos vampiros. - Disse Hinata.

Eu não sabia o que sentir, medo ou surpresa. Na verdade, medo até que era a boa sensação de sentir agora. Meu coração não parava de acelerar cada vez mais que eu ficava nesse lugar. Precisava ficar sozinha.

- Eu acho melhor eu ir embora. - Falei.

- Espera, Mei! - Ouvi a voz de Yamaguchi me chamar.

Virei-me até ver o esverdeado na minha frente. Ele estava lá atrás e depois veio até aqui?

- Como você fez isso? - Perguntei assustada.

- Por favor, não tenha medo da gente. - Disse o garoto tentando me segurar.

- Me deixa em paz, por favor! - Corri o mais longe daquele lugar. Por sorte, minha casa era bem perto da escola.

Entrei e a primeira coisa que fiz foi trancar a porta, tirei meus sapatos, meu casaco e subi até meu quarto. Fui ao banheiro, liguei a torneira. Precisava me acalmar um pouco pra esqueçer essa loucura de vez. Lavei meu rosto e fui deitar em minha cama. Respirei fundo, minha cabeça está agitada, tão agitada que parecia que ela iria explodir.

- Mei. - Disse uma voz familiar. Era Daichi.

Corri até a porta para fugir, mas sua velocidade não permitiu e o moreno me prende entre ele e a porta.

- Nós nunca te machucaríamos, está segura conosco. - Falou no meu ouvido, provocando-me arrepios.

- E os ataques de animais? E as pessoas que morreram? - Perguntei quase chorando.

- Não foi a gente, foram outros vampiros.

- Outros vampiros? - Já sentia meu coração quase sair pela minha boca.

- Sim. Não bebemos sangue humano, não foi esse estilo de vida que escolhemos, mas esses outros vampiros sim. - Seu rosto se distancia um pouco do meu. - Vamos te explicar tudo, mas por favor, Mei. Não conte isso para ninguém.

- Como pode me pedir uma coisa dessas? Por quê tá me confiando isso? - As lágrimas desciam.

- Por que você sabendo disso é um perigo. De todas as formas, você pode nos odiar. - Sua voz era tão firme que podia sentir a irritação, raiva e medo misturar-se em uma só sensação.

- Vai embora, por favor. Vá embora. - O medo não para de me dominar. - Se não querem me fazer mal, melhor você sair.

Daichi se afasta de mim.

- Eu não desejei isso. Não desejamos isso.

Viro e abro a porta, sinto uma brisa atrás de mim e vejo que Daichi foi embora. Fechei a janela para que ninguém entre.

Passei a maior parte do tempo no quarto, papai teve que levar minha comida até aqui, embora eu tivesse comido só um pouco. O dia de hoje foi completo pesadelo e ao mesmo tempo, surpreendentemente de um jeito amedrontador. Queria explicações, espero que me dêem. Queria saber quem eram esses outros vampiros, espero que digam. Quero que me contem sobre Junko, sobre a ligação dela com eles, espero que me contem, mas falaria primeiro com meus pais.

- Mei, meu amor. - Mamãe entrou no meu quarto. - Está tudo bem? Não saiu do quarto durante o dia inteiro.

- Estou bem, mãe. - Respondi com um tom nada emotivo.

- Não, não está. Conheço essa cara e essa voz. - Maldita seja a habilidade da mama de reconhcer nossas emoções. - Alguma coisa aconteceu.

Pensei em contar o que aconteceu, mas lembro da conversa com Daichi.

- Vamos te explicar tudo, mas por favor, Mei. Não conte isso para ninguém.

- Como pode me pedir uma coisa dessas? Por quê tá me confiando isso? - As lágrimas desciam.

- Por que você sabendo disso é um perigo. De todas as formas, você pode nos odiar. - Sua voz era tão firme que podia sentir a irritação, raiva e medo misturar-se em uma só sensação.

Não, prometi a ele. Não posso expor ele e o resto do time assim.

- Tá realmente tudo bem. - Menti. - Aconteceu uma coisa hoje lá no clube, mas nada demais. Só estou pra baixo porque isso aconteceu.

Mamãe sorriu, mas seu sorriso era bem pequeno. Ela fazia isso quando alguma coisa ruim acontecia, mas depois de contar o que houve, ela só sorria e nos abraçava. Minha mãe era tão gentil e tão amável, daria inveja a quem a encontraria, desejaria ter uma mãe assim.

- Se só foi isso, tudo bem. - Ela me abraça tão forte como um urso. - Lembre-se de que caso alguma coisa ruim aconteça, não hesite em vir até mim ou à seu pai.

Agradeço todos os dias por ter pais assim, meus irmãos também devem ser gratos por terem pais tão amorosos e conselheiros. Senti meio mal por mentir para ela, mas sei que é pra mantê-la segura, ela e minha família, e todos os outros.

- Tá bom. Eu te amo. - Sorri.

- Eu também te amo, meu bem. - Mamãe deitou-me na cama e me cobriu. Beijou minha testa e saiu do quarto.

Consegui fechar os olhos e dormi.

Amanhã, exigirei tudo sobre eles, quem são os outros vampiros e sobre suas relações com minha ancestral.

Continua...

Bloody Valentine - Imagine HaikyuuWhere stories live. Discover now