Capítulo - 54

500 96 27
                                    


     Autora Narrando


Camila sentia-se mal. A sua consciência estava pensando, desde que tinha feito o que fez com a Rebecca que o arrependimento era constante. Não devia ter se deixado levar pela inveja. Sempre soube que Rebecca não a amava, e que tinha grande probabilidade de nunca amar. Mas deixou que o ego ferido fosse maior do que a razão, agora estava a sofrer...

Queria o perdão de Rebecca. Mas, não conseguia entrar em contato. Claramente, a Rebecca tinha mudado de número. Até tentou ir ao hospital para saber do Chris, soube do incidente. A notícia propagou por todos os jornais, tratava-se do Lorde Christopher, neto da Condessa Lippucci. O real motivo não foi divulgado, mas a Camila ouvirá a Alison se gabar dos seus feitos, e desde então, estava amedrontada com a capacidade psicótica de Alison.

– Como estou? –  Alison perguntou ao descer as escadas com um sorriso malvado nos lábios. – Ah, não responda, eu sei que estou magnifica.

Alison estava horrível, na percepção de Camila. O vestido bege apesar de ser um Valentino era horrível, parecia mais uma camisola. O decote não ficou elegante, já que os grandes seios de Alison tornava-a vulgar. Exibia brincos e pulseira de diamantes da Cartier, e sapatos com estampa de onça da Prada. Os cabelos estavam todos para trás, com grandes cachos.

– O que você está fazendo na minha mansão, ainda? – Alison questiona com os olhos apertados.

– Eu... Eu achei que poderia ser a sua assessora. Ou assistente. Eu lhe ajudei bastante na festa, lembra-se? Nas três festas... – Camila respondeu, em dois dias, a Alison tinha esbanjado dinheiro em festas infernais e descontroladas com convidados interesseiros que só estavam presentes pelo status, a comida e a bebida de primeira qualidade.

Alison pensou um pouco, a Camila era uma boa funcionária, mas tinha dúvida sobre a sua fidelidade. E se no final das contas, ela se mostrasse uma cobrinha como foi com a Rebecca?

– Deixarei que fique porque tenho inúmeras festas que preciso organizar, e não quero perder tempo com a parte burocrática, mas se você pensar em me trair, considere-se morta.

Camila arregalou os olhos, e Alison saiu desfilando, satisfeita. Agora que tinha o poder retomado, só faltava apenas uma pessoa para o ciclo estar fechado. E iria atrás dela. Em falar de ir atrás... Estava estranhando nem a Rebecca ou o bando sarnento dela (lê-se Irin) ter vindo atrás dela. Achou no mínimo que Rebecca faria um escândalo ou tentaria algo contra ela por ter quase matado o negrinho, que infelizmente, não morreu. Mas até agora, estava tudo em silêncio, talvez, Rebecca percebeu que não adiantava ir contra a Alison... Ninguém nunca seria capaz de vencê-la.

Adentrou no Hospital DiLaurentis com a pose de superioridade. Percebeu que nenhum funcionário dava a mínima para ela, eles apenas fingiam que não a via. O que a aborreceu. Quando vinha ao hospital com o seu pai, os funcionários só faltavam lamber os seus pés. Iria demitir todos. Depois que fez um pequeno terrorismo psicológico com a recepcionista por puro prazer, foi até o quarto que Freen estava.

Freen estava sentada, o semblante abatido e tinha uma coisa esquisita em seu pescoço com um curativo. Alison não tinha prestado muita atenção nas aulas de medicina, ou deveria saber o que se tratava aquilo.

– O que faz aqui? – Freen perguntou com exasperação ao vê-la entrar.

– Olá pra você também, docinho. Vir vê-la, e discutir algumas coisas. –  comunicou. – Como voltei ao poder, acho que você soube ou não, já que estava moribunda nessa cama... – fez uma carinha de nojo. – É de suma importância que se recupere logo, para assumir novamente o seu lugar ao meu lado.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora