21 - Capítulo

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     Narrativa Autora


Rubi estava completamente bêbada. Os seus passos eram cambaleantes na rua. Sua sorte era que estava no seu condomínio residencial. Tinha matado duas garrafas de catuaba com a Freen... O que foi uma péssima idéia, levando-se em conta de que tinha bebido anteriormente para afogar as suas mágoas.

A companhia de Freen também não foi satisfatória. Sua amiga falava apenas na esquisita, o tempo todo... Será que a ruiva não percebia que estava se apaixonando por Rebecca? Era tão óbvio, principalmente, depois das confissões que fez... Uma hora aquela tonta ia ter que abrir os olhos. Mas que decepção. Tantas garotas lindas no mundo, e Freen se apaixona pela á mais feia, e esquisita!

Gosto ou karma? Ás vezes, a vida era uma filha da puta mesmo...

Rubi para no meio do caminho, indecisa, á sua frente estava uma calçada que no nível do seu teor alcoólico parecia impossível de subir. Refletindo se deveria ou não se arriscar, retirou um cigarro do bolso juntamente com um isqueiro... Seu reflexo estava péssimo e depois de quase uma eternidade e xingamentos, conseguiu por fim, acender o seu cigarro. Guardou o isqueiro, e esperou. Como se o cigarro fosse fazer algum milagre ou lhe dá força para subir a escada.

Coisa que obviamente não aconteceu.

Em falar em gostar... Escutou uma voz cantarolando baixinho. Rubi reconheceu de pronto. Era irreconhecível, ergueu a cabeça e a viu... Irin parecia muito feliz ao caminhar, usava a roupa de ginástica e tênis. Tinha um fone de ouvido, e estava absolvida em seu próprio mundo. E estava linda... Com as bochechas coradas, suada, e com os cabelos escapando do rabo de cavalo frouxo.

A imagem da perfeição.

Irin caminhava tranquilamente, o seu corpo gingava um pouco na música... Estava ouvindo El perdedor de Maluma. Ela amava essa música, principalmente para exercícios físicos pela batida. Aumentava o seu pique. Tinha chamado o Luke para caminhar, mas ele não tinha terminado o trabalho de química, e infelizmente, não pode acompanhá-la.

Os dois estavam muito bem. Apaixonados e felizes. Continuavam ficando, mas o modo em que agiam era como se tivessem namorando. As famílias estavam em êxtase porque sempre quiseram que os dois ficassem juntos. Tudo estava fluindo perfeitamente bem, e nada poderia estragar... Certo?

Errado! Como diz a lei de Murphy: Se algo pode dar errado, dará.

Mas, Irin não estava pensando nisso até que os seus pés tropeçaram misteriosamente em nada. Era como se de repente, tivesse dois pés esquerdos e o tombo seria certeiro se mãos não tivesse a segurado... Irin assustou-se, não pelas mãos, mas pela suposta queda, o seu coração parecia que iria explodir de tão rápido que batia, e ela sentia todo o sangue esfriar. Precisou de uns segundos para erguer a cabeça e ver quem a salvou, mas o cheiro de álcool e cigarro intoxicou as suas narinas. Fez careta ao escarar a sua salvadora que comicamente tinha sua própria dificuldade de se manter em pé.

Quem estava segurando quem?

O x da questão é que as duas estavam bem próximas, e isso de alguma maneira, incomodou a Irin. Talvez, fosse o cheiro que emanava de Rubi, ou talvez, fossem os olhos esverdeados que a olhavam implacavelmente. Irin não tinha nada contra a Rubi. Moravam no mesmo condômino, eram quase vizinhas, frequentavam o mesmo ciclo social, mas nunca se interesse em conhecer a Rubi melhor, e muito menos ter uma amizade. Era civilizada com ela, apenas isso.

- O que esse bombom está fazendo fora da caixinha? - Rubi perguntou gracejando e riu da sua pergunta de caminhoneira, segurava a outra como se fosse a sua salvação, e Deus! Como era!

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora