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Os estalos dos scarpins de Xiao Ichigo no piso de pedras nos conduziu até o interior da casa, ritmados porém firmes, repercutindo como o rufar de tambores de um exército inimigo. Eles a sustentaram em pé, o preto lustroso refletido no assoalho. O calçado chamava minha atenção.

— Que tal me contarem o que aconteceu? — sua voz profunda se espalhou pela sala, estagnando-se e dissipando-se em meio ao silêncio que se seguiu.

Notei que fora uma pergunta dirigida especialmente a Xiao Zhan. Estávamos todos os seis sentados no sofá. Xie Lian pressionava a testa com uma bolsa de gelo azul, enquanto Hua Cheng e Luo Binghe permaneciam sérios, o olhar dourado de Qi Ying tão feroz quanto outrora. Movi a mão de leve, tentando chamar a atenção de Xiao Zhan ao meu lado para indicar que sua irmã estava fitando-o. Embora eu houvesse dito que não era nescessário — e até não recomendado naquele momento —, ele fora buscar algumas ataduras e outros apetrechos no andar superior, sob o olhar duro da irmã. Agora, ele estava enrolando-a em uma das minhas mãos machucadas, compenetrado na tarefa.

— Não vão dizer nada?

Uma leve contração muscular em sua mandíbula se fez presente, como se ela estivesse se controlando. O que em se tratando da Sra. Xiao era realmente inusitado. Seu olhar tão insondável quanto o de Zhan-ge fixava-se em nós dois com frequência, como se estivéssemos cometendo alguma transgressão.

— Não é muito óbvio para verbalizar? — à díspar de nós, Xiao Zhan estava calmo, quase descontraído.

— Não, não é — ela parecia determinada a arrancar a resposta verbalizada dele, afinal.

— Fomos perseguidos — replicou Qi Ying, os braços cruzados. — Satisfeita?

Nenhum de nós esperava a reação a seguir, eu acho. As sobrancelhas de Xiao Ichigo se franziram abruptamente, transformando seu rosto elegante com uma expressão rígida. Não era a resposta que ela estava esperando, deduzi.

— Perseguidos?

— Você conhece a velha história — começou Xiao Zhan, soando como se ela fosse idiota. — Nos reconheram.

Ela exalou em um suspiro e apertou o espaço entre as sobrancelhas, negando com a cabeça. Seu rabo de cavalo balançou discretamente com o movimento. Eu jamais a vira daquele jeito e supus que deveria me preocupar. Um minuto de silêncio se seguiu antes dela levantar o rosto, um punho cerrado apoiado no quadril.

— Qual dos quatro? — indagou, referindo-se aos integrantes do conjunto dos Ikemens. Sua voz adquirira um tom muito resignado, como se ela já soubesse a resposta.

Ao meu lado, Luo Binghe baixou a vista para o tapete persa da sala, pigarreando.

— Na verdade... Não foi nenhum de nós quatro, senhora.

Senti um frisson de antecipação. Tive a vaga impressão de que Xiao Zhan apertou minha mão de leve, mas não ousei olhar para o seu rosto.

As feições da irmã de Xiao Zhan tornaram-se ainda mais complicadas, seus lábios revestidos de batom vermelho retraídos em uma linha fina de descontentamento. Seu olhar passeou por nós até chegar em Qi Ying, empoleirado na ponta do sofá, com uma gaze na ponte do nariz. Ele, por sua vez, ergueu uma sobrancelha desafiante.

— Porque a senhora não adivinha?

E ela olhou para mim, exatamente diante dela. Eu vi a incredulidade nítida em seu rosto, o que em outras circunstâncias eu poderia ter achado graça.

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⏰ Last updated: Mar 30 ⏰

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