The fashion of love _ 爱的时尚 _ Yizhan

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Luo Binghe assobiou sugestivamente para mim assim que largou os pesos.

— Xin Mo não para de olhar para você — comentou ele, vindo até mim e estreitando os olhos já naturalmente apertados.

Retirei-me do meu devaneio, acomodado em um colchonete no chão da academia e olhei ao meu entorno.

— Ah, sim — balbuciei, esboçando um sorriso fraco.

Xin Mo, uma das personal trainers, encarava-me insistentemente do outro lado do local, interrompendo vez ou outra alguma instrução a alguém para isso. Ela era bem bonita; possuía aquele corpo magro e bem torneado de quem se exercitava regulamente, cabelos longos, clavículas marcadas e um rosto feminino, delicado.

Mas ela não tinha aquele sorriso charmoso e único, a pintinha embaixo do lábio inferior.

Fiquei olhando para ela, que se virou e sorriu largamente em minha direção, talvez compelida pela intensidade do meu olhar. Suspirei com o pensamento anterior, envolvendo o rosto entre as mãos.

— Yibo-di? — ergui os olhos para A-Luo, que me ofereceu uma garrafinha de água. Ele se agachou ao meu lado, evidenciando suas coxas musculosas. — O que foi? Não gosta dela?

— Não é isso — falei, tomando um gole. — Ela é muito bonita, mas... — franzi os lábios.

Luo Binghe continuou com os olhos fixos em mim, com seu rosto jovem, compreensível e, de repente, as palavras morreram em minha garganta.

Fez-se um breve silêncio.

— Certamente não quero incomodá-lo — começou ele. — Mas você está estranho desde de ontem de manhã. Sua cabeça ainda dói?

— Não, está tudo bem com ela. Os remédios foram bem eficazes— tentei suavizar a expressão.

— Então o que houve?

Pensei por um instante. Será que realmente devia contar algo a ele? Com exceção de Xiao Zhan e Xie Lian, Luo Binghe era o colega de trabalho que mais me deixava confortável. Ele tinha um temperamento jovial, otimista e animado. Se expressava com uma enorme facilidade, não era sarcástico ou mal educado como a maioria. Não tinha os melhores conselhos o tempo todo, mas estava disposto a ouvir.

— Briguei com Zhan-ge.

Ele ergueu as sobrancelhas.

— Você e ele? — ele afastou uma mecha solta de cabelo do rosto. — Isso é bem incomum, na verdade.

— Sim.

— Mas o que aconteceu? Ou não devo me intrometer?

Me levantei junto a ele, espanando uma sujeira inexistente do short.

— A-Luo? — arrisquei.

— Sim?

— Quem é Xiao Ying?

Ele entreabriu os lábios para dizer algo, mas logo os fechou. Sua expressão era estranha. Desmontrava... Surpresa?

— Ele nunca lhe contou? — inquiriu.

Me limitei a negar com a cabeça, ansioso com o rumo da conversa. Foi como se ele tivesse ficado mudo por um instante. Coçou a nuca.

— Desculpe Didi, mas se Zhan-ge não lhe contou nada, não acho que seja de bom tom que eu o faça. Há motivos particulares por trás disso — esclareceu ele, em um tom de pedido de desculpas.