O Príncipe de Frosthold | JJK + PJM

A Armadilha

— Peguem-no!!! - o comandante declara, fazendo com que os homens se dispersem, cercando o alfa.

— Senhora Song, obrigado por cuidar de mim até aqui e ter me ajudado - suas palmas agarram as alheias, acariciando gentilmente a pele levemente áspera pela idade — Cuide de minha sogra e do meu filhote.

— O senhor mesmo fará isso, meu rei, sairemos juntos daqui!! - o mais jovem sorri, sabendo que aquilo não aconteceria, mas relaxando ao saber que pelo menos a mulher sobreviveria.

—  Vá! É a mim que eles querem - seus lábios tocam a testa da ômega, assim como seus braços se entrelaçam ao redor dela — Foi bom conhecê-la, cuide deles por mim, por favor!

Ao dizer isso, seu toque se esvai e seu corpo se modifica lentamente, trazendo pelos brilhantes e atraindo a atenção dos homens que, impiedosamente tornam a atirar flechas e empunhar suas espadas.

A senhora permanece agachada, silenciosamente seguindo seu caminho, mas desmoronando por dentro.

A última coisa em que seus olhos se focam é na pelagem acastanhada coberta de manchas vermelhas, não sabendo dizer se eram do mesmo, ou de outros.

[...]

Horas antes

— Chame o comandante - ordena a um dos soldados que estavam a postos na entrada.

— O que deseja, senhor? - o braço direito e melhor amigo do Lee, adentra o cômodo, logo o reverenciando.

— Avise aos soldados para dobrarem a atenção - um sorriso ladino forma-se em seus lábios —
Tenho plena certeza de que o garoto tentará escapar...

— Ele não seria tão tolo...

Um olhar penetrante e sério se forma no rosto do alfa, ao pensar seriamente.

— Talvez não, mas faça o que estou mandando! Ele pode não ser tão idiota, mas tentará escapar. E nós estaremos um passo a frente!

— Sim, vossa majestade.

O comandante se retira, logo seguindo em direção aos estábulos.

Já possuía em mente como poderiam emboscar o ex-rei.

Seguiria até os muros do território, seus homens estariam cercando-o, enquanto alguns ficariam posicionados nos arredores do castelo e também da aldeia. Assim, saberiam se o Lee passasse por lá.

Deixaria com que o alfa tivesse a sensação de liberdade na palma de sua mão, para logo depois arrancá-la.

E foi justamente o que aconteceu.

Os soldados disfarçados e postos estrategicamente na aldeia, presenciaram o alfa adentrando uma pequena moradia com a beta em seus braços. O viram enterrá-la e chorar sobre o túmulo. Perceberam a senhorinha que o fazia companhia, mas ela não era um problema. Observaram seus passos ao anoitecer e seguiram-o, já se preparando para o ataque. Era fácil pegá-lo já que os soldados enviados se resumiam em betas, logo, seus cheiros não seriam um empecilho.

Foram longos minutos naquela silenciosa perseguição, queriam atacá-lo, mas as regras de seu comandante foram claras: só poderiam pegá-lo quando Taemin abaixasse a guarda e pensasse estar livre.

Isso aconteceu quando ele vistoriou o local e fungou em busca de cheiros, um dos guardas alarmou-se e soltou a flecha.

— Peguem-no!!! - ouvir aquela ordem foi como encontrar água no deserto para eles.

Ficaram alertas ao vê-lo se agachar e sedentos quando o lobo de pelagens castanhas surgiu.

Algumas das flechas o atingiram, ele arrancou as que alcançava para poder se regenerar, se preparando para atacar impiedosamente. Seus olhos azuis encaravam determinadamente cada um dos soldados que o cercavam, seu peito subia e descia rapidamente, e cada músculo de seu corpo estava tenso, pronto para o confronto.