Liberou o meu filho.

Depois de voltar para a mansão com um tremendo alívio, Irin se prontificou de fazer o Chris comer algo e depois tomar um banho, enquanto, ordenou energeticamente para que eu tomasse o meu próprio banho e dormisse um pouco, por que segundo ela, estava extremamente acabada. Ainda fiquei um pouco reticente sobre deixar o Chris, mas ele parecia tão à vontade com a Irin que a proposta da minha amiga se tornou irresistível. Comi uma fruta, tomei um banho e deitei para descansar um pouco...

– Christopher! – acordei em um sobressalto chamando o meu filho.

– Shhhh. Calma, ele está bem e dormindo. – Irin disse ao meu lado.

Olho surpresa para ela. Estava sentada na minha cama, me olhando fixamente. Eu não tinha a visto entrar e muito menos sentido a sua presença. Olho para a janela e percebo que já era noite. Franzo o cenho, dormir tanto assim?

– Ele está bem mesmo? – pergunto com a voz rouca.

– Claro que sim. Depois que tomou banho se animou um pouco para brincar. Então, joguei um montão de videogame com ele, o fiz comer novamente e mediquei quando ele começou a exibir uma expressão meio decaída. Fazem uns dez minutos mais ou menos que ele desabou no sonho dos deuses, acho que só acordará amanhã.

– Obrigada Irin. – murmuro para minha melhor amiga e seguro em sua mão. – Você como sempre sendo excepcional.

Irin vira a mão e cruza os nossos dedos, então, se deita ao meu lado, aconchegando-se e descansando a cabeça em meu peito. Tínhamos o hábito carinhoso de ficarmos assim, era reconfortante.

– Eu sei que sou. – ela rir, me fazendo rir junto. – Sabe... Eu estava pensando aqui, acho que vou desmarcar a saída para ficar com vocês. Já que o Chris está doente, vocês não tem como ir também. Não quero que fiquem sozinhos hoje.

Perco-me um pouco com as suas palavras, fico um tanto confusa. Então, recordo-me que hoje é 31 de Dezembro, véspera de réveillon. Combinamos de romper o ano na praia, juntamente com os familiares de Irin e do Luke. Obviamente com o meu filho doente, não iria sair de casa.

– Não mesmo. – respondo, e Irin erguer a cabeça para me olhar. – Você não vai cancelar os seus planos para ficar comigo e o Chris, provavelmente, iremos dormir. E outra, não quero que os seus pais se chateiem mais com você por conta de um furo.

Irin entorta a boca. Ela tinha me contado do seu rápido e tórrido sexo com o Luke no banheiro social de sua casa. Desde então, os seus pais sempre a olhava em julgamento e qualquer coisa que Irin fazia que não correspondia as expectativas deles era um motivo para criticá-la.

– Como se eu me importasse. – ela estala a língua. – É um caso de doença, eles não podem me recriminar por me importar com o bem-estar do meu afilhado, que diga-se de passagem é um anjo.

– Muito tocante a sua preocupação e sei que tem uma grande estima e cuidado com o Chris, mas você não pode fugir dos seus problemas, mocinha. – retruco, apertando a sua mão com pressão.

Ela me olha com displicência:

– Não sei do que está falando.

– Claro que sabe, sua sonsa. Você ainda não conversou com o Luke desde o que aconteceu entre vocês. Passou a semana quase inteira aqui, se eu não te conhecesse bem, diria que está fugindo dele.

Ela se sentou e me encarou, depois revirou os olhos. Sorrir de lado, acertando em cheio no x da questão. Amo a minha mente brilhante.

– Não estou! – disse com birra, quase lembrando o Chris.

– Está. Não quer conversar com ele, ignora as mensagens e também as ligações. O que é um absurdo, não estamos no colegial. – sento-me também e pego o meu celular, dando uma rápida olhada nas notificações. – Você não pode evitá-lo pelo resto da vida, conhecendo você do jeito que eu conheço, sei que a sua florzinha está batendo palmas querendo um remake do que aconteceu no banheiro.

– Isso é... É... É uma ofensa! – Irin silabou avermelhada.

– Não sou eu que faço as reações e os queres do seu corpo, coração. – pisco para ela.

– Você não tem muita moral para jogar pedra no meu teto de vidro quando você faz a mesma coisa com Freen. – ela retrucou com as sobrancelhas erguidas.

Adquiro uma carranca ao escutar o nome de Freen. A verdade é que estou a evitando mesmo. Como tirei a semana do Natal e do Ano Novo como uma "trégua", desliguei-me dela e tudo que a envolve para dedicar-me ao meu filho. Sabia que ela tinha vindo algumas vezes me procurar, apesar de eu não saber o propósito de sua urgência para falar comigo. E sinceramente, não me interessava nem um pouco.

– Isso é outro assunto, outra conversa. – corto. – São 22:00 horas. – levanto-me, em seguida, puxo a Irin e vou a empurrando para o andar de baixo. – Aconselho que vá para casa, se arrume, fique mais gostosa ainda e tenha uma excelente conversa ou transa com o Luke.

– Como fosse possível fazer qualquer coisa com o Luke, principalmente com Diana ao lado. –  se lastima, pega a sua bolsa que oferece, então, me olha em questionamento. – Espera aí, você está me expulsando?

– Estou fazendo isso á uns cinco minutos atrás. – paramos na porta, rio do olhar revoltado de Irin. – Pare com isso, não me olhe assim! – paro de rir. – Sério, Irin. Eu e o Chris ficaremos bem, você não precisa se preocupar com nada.

– Se acontecer algo você me liga? – ela pergunta relutante.

– Claro que sim, meu bem. – respondo carinhosa. – Obrigada por hoje, novamente. Você é essencial para a minha vida.

Termino de falar e dou um selinho carinhoso em Irin que corresponde imediatamente. Depois que me afasto, ela está sorrindo. Desejemos um "Feliz Ano Novo", e fecho a porta quando ela parti. A mansão está silenciosa, dispensei todos os empregados quando cheguei do hospital. Prefiro assim, ter a comodidade de ficar sozinha, apenas eu e meu filho.

Subo novamente e verifico o Chris que dorme pesadamente. Estava levemente quente, mas nada que pudesse ser alarmante. Ligo a babá eletrônica. Sei que ele está um pouco velho para isso, mas gosto de usar esse artifício quando o Chris está adoentado, posso acompanhá-lo mais de perto. Volto para o meu quarto, tomo outro banho, visto um conjunto de moletom totalmente confortável, e pantufas.

Prendo os meus cabelos no alto da cabeça, e vou para a cozinha procurar alguma coisa pra comer. Perco-me um pouco, mas encontro os materiais. Faço apenas um chocolate quente por pura preguiça. Como não tenho nada para fazer, vou até a sala do cinema. Coloco o visor da babá eletrônica ao meu lado, ligo a televisão e procuro um filme, quando estava preste a sentar, escuto a campainha. Olho no relógio da televisão. Era 23:00 min. Só podia ser Irin! Coloco o chocolate-quente no apoio do sofá e rumo para a porta, já estava com um discurso pronta para minha melhor amiga.

– Eu já disse a você que... – começo a dizer assim que abro a porta, mas me calo.

Na minha frente, trajando apenas um casaco com capuz, calça de moletom e tênis, estava Freen. Ela parecia um pouco reticente, mas, os seus olhos brilharam quando olhou para os meus.

– Oi... – ela disse suavemente e sorrir docemente.

Pu/ta mer/da, fico totalmente sem ação...



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Becky e Freen, o que irá acontecer??? 

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now