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Celeste acordou rapidamente, com o coração batendo forte. Ao se mover, sua mão esbarrou acidentalmente no jarro de água ao lado da cama, que quebrou no chão com um estrondo.

Cedrico, que estava dormindo em uma cadeira próxima, foi acordado pelo barulho e rapidamente se levantou ao ver Celeste sentada na cama ofegante e confusa. Sem hesitar, ele a envolveu em um abraço. Mas Celeste, ainda atordoada, não retribuiu o gesto.

— O que aconteceu?

— Eu não sabia que os elfos da cozinha tinham um cão de três cabeças protegendo eles — Cedrico sorriu com ironia. —  Você perdeu o juízo foi? Como pôde mentir para mim? Invadir uma área restrita do castelo, onde habitava uma criatura de três cabeças, e ainda por cima conseguir ser mordida por ela!

Celeste levou as mãos à cabeça, sentindo uma dor aguda ao tocar a ferida.

Ai! — gemeu.

— Não toque! — advertiu ele, segurando seu braço com delicadeza. — Que bom que você está bem — Sua voz suavizou e ele a abraçou novamente, desta vez com mais calma. — Eu estava tão preocupado...

— E o Harry? Onde ele está? — perguntou, tentando se lembrar dos eventos que a levaram até ali.

— Digorry, eu cuido disso — interveio o diretor Dumbledore, entrando na enfermaria com passos lentos. O jovem assentiu com a cabeça e, com um último olhar preocupado para a menina, deixou a enfermaria.

— Diretor, eu...

O diretor a interrompeu com um gesto suave da mão, um sorriso tranquilo adornando seu rosto.

— Celeste, você teve sorte. A mordida foi tratada a tempo, e você se recuperará. — Dumbledore sentou-se na beira da cama, observando-a com atenção. — Mas precisamos falar sobre o que aconteceu.

— Eu só queria proteger a todos... — Sua voz era quase um sussurro.

— Veja, Celeste, as aparências enganam, e o professor Quirrell é a prova viva disso — começou Dumbledore. — Ele estava sob a influência de Tom... e foi atrás da pedra filosofal com intenções nefastas.

Celeste franziu a testa, a confusão evidente em seu rosto pálido.

— Mas eu pensei... não era Snape que estava atrás dela? — A pergunta saiu hesitante, sua mente ainda tentando desembaraçar a teia de mentiras e verdades.

Dumbledore soltou uma risada baixa.

— Ah, minha querida, se houvesse uma alma em Hogwarts em quem eu confiaria minha própria vida, seria Severus Snape — disse ele. — Quando Quirrell entrou na sala guardada por Fofo, ele não esperava encontrar você lá. Em um ato de desespero, ele lançou uma pedra em sua direção, interrompendo a melodia que mantinha Fofo adormecido. O canino despertou e agiu instintivamente. Felizmente, cheguei a tempo de intervir.

A garota digeria lentamente as palavras do diretor.

— Não é apenas a sua segurança que está em jogo — disse. — É o seu dom para a conjuração que me preocupa. Você possui uma habilidade rara, um talento que não deve ser desperdiçado ou mal utilizado em circunstâncias levianas. A conjuração é uma arte delicada. Invocar algo do nada requer não apenas poder, mas também sabedoria e controle. Você deve aprender a dominar completamente sua magia antes de se aventurar em tais atos novamente — continuou, pegando a mão dela entre as suas.

— Prometo ser mais cuidadosa — disse, decidida.

O diretor sorriu levemente, satisfeito com a resposta dela.

— Isso é tudo o que peço. Agora descanse. Há muito para você aprender, e eu estarei aqui para guiá-la quando estiver pronta — concluiu ele, levantando-se para sair da enfermaria. — E você, jovem Digorry, fique de olho nela. — Disse passando por Cedrico, que estava esperando do lado de fora da enfermaria. Ele assentiu, entrando e sentando-se novamente ao lado da cama de Celeste, segurando sua mão com cuidado.

Celeste olhou para Cedrico, seus olhos encontrando os dele, que estavam cheios de preocupação e alívio. Ela tentou sorrir, mas a dor latejante em sua cabeça tornou o gesto difícil.

— Cedrico, eu... — ela começou, mas foi interrompida por um som suave vindo da porta.

Era Madame Pomfrey, a enfermeira-chefe, que entrava com uma bandeja de poções e ervas. Seus olhos se estreitaram ao ver Celeste acordada e conversando.

— Ah, vejo que nossa paciente finalmente acordou. E já está recebendo visitas, pelo visto.

Cedrico se levantou, oferecendo seu lugar a Madame Pomfrey.

— Eu estava apenas me certificando de que ela estava bem, Madame Pomfrey — disse ele respeito.

Madame Pomfrey assentiu, aproximando-se da cama com a bandeja.

— Bem, agora que você está acordada, é hora de tomar suas poções. Isso vai ajudar com a dor e acelerar a cura. — Ela entregou a Celeste um frasco com um líquido azul brilhante.

Ela pegou o frasco, ainda um pouco desorientada. Com um olhar encorajador de Cedrico, ela bebeu a poção de uma vez. Quase imediatamente, a dor em sua cabeça diminuiu.

— Isso é incrível... — murmurou, passando a mão pela testa, onde a dor havia sido substituída por uma sensação de frescor.

— As poções de Madame Pomfrey são as melhores — concordou Cedrico.

Madame Pomfrey deu um sorriso satisfeito e começou a arrumar as coisas.

— Agora, você precisa descansar. E nada de mais visitas hoje, entendeu? — disse ela, olhando severamente para Cedrico.

— Sim, Madame Pomfrey — respondeu Celeste, deitando-se obedientemente.

Let The Light In | Fred WeasleyWhere stories live. Discover now