09

26 8 1
                                    

Poucos alunos ficaram na escola, mas aqueles que permaneceram se reuniram numa única mesa, decorada com velas cintilantes e um pequeno pinheiro ao centro, para celebrar a ceia de natal

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Poucos alunos ficaram na escola, mas aqueles que permaneceram se reuniram numa única mesa, decorada com velas cintilantes e um pequeno pinheiro ao centro, para celebrar a ceia de natal.

— Esta é sua última chance de se tornar nossa trigêmea, Celeste — brincou George, enquanto atacava um pedaço generoso de costelas de hipogrifo marinadas em molho de vinho doce, como se fosse o último pedaço de comida na Terra.

— Não vou te conceder essa honra hoje, George — Celeste respondeu com um sorriso, desviando o olhar para a janela onde a neve começava a cair suavemente.

— Olha só que atrevida! Eu te ofereço a honra de ser uma Weasley e você recusa assim?

A menina soltou uma risada baixa, enquanto beliscava um pedaço de sua refeição, uma torta de abóbora.

— Santo Merlin, isso está divino! — exclamou, enchendo seu prato com mais uma porção generosa da carne suculenta, acompanhada de batatas assadas e molho de cranberry.

— Todos os elogios à grande Helga Hufflepuff! Essa sim sabia conquistar corações pela barriga! — Fred entrou na conversa com um aceno respeitoso imaginário em direção à fundadora.

— Quando eu crescer, quero uma esposa que cozinhe como a Helga Hufflepuff — sonhou alto Rony, interrompendo a conversa, enquanto observava com admiração a variedade de doces e bolos que enfeitavam a mesa.

— Você terá sorte se uma trasga sequer olhar para você, Roniquinho — zombou o irmão mais velho, provocando uma onda de risadas ao redor da mesa, fazendo Rony corar até as orelhas e murmurar algo sobre trasgas não terem bom gosto.

— Nunca provou antes? — perguntou Celeste, surpresa com a empolgação de George ao saborear cada garfada.

— Claro, porque eu nado em dinheiro, não é mesmo? — respondeu George com sarcasmo, arrancando risadas enquanto Celeste tentava disfarçar o constrangimento por tê-lo confundido com Draco, que provavelmente comia costelas de hipogrifo no café da manhã.

No dia de Natal, a garota despertou cedo, atraída pelo aroma do chocolate quente vindo da cozinha. Ainda vestida com seu pijama xadrez, correu até a porta da sala comunal, mas parou diante da árvore de Natal, onde notou algumas caixas embrulhadas em papel brilhante aos seus pés. Pegou os presentes com seu nome e os abriu. Luna a presenteou com um colar de conchas, feito à mão por ela mesma. Cedrico enviou-lhe uma antiga fotografia mágica de ambos quando eram mais novos, brincando  alegremente na neve, acompanhada de um cartão escrito com uma caligrafia elegante.

Draco lhe enviou uma caixa de doces tão grande que parecia ter sido entregue diretamente de um caminhão de doces.

Celeste abriu a caixa de Malfoy, pegou um punhado de sapos de chocolate e Pepper Imps, e saiu para o corredor, onde o som de risadas e conversas animadas a guiou até o grupo que ela procurava. Harry, Rony, Fred e George estavam todos de pijamas.

Ao se aproximar, Rony bufou, revirando dramaticamente os olhos.

— Eu esqueci uma coisa — disse ele, começando a se afastar com pressa.

— Ei, espere! — Celeste chamou, e Rony se virou, uma expressão de confusão passando por seu rosto sardento.

— O que você quer? — perguntou ele, impaciente.

Ela hesitou por um momento, mas então estendeu a mão, oferecendo-lhe algumas caixinhas dos doces que acabara de pegar.

— Feliz Natal — disse, com um sorriso tímido. Rony, meio sem graça, aceitou os presentes com um murmúrio de agradecimento.

— Feliz Natal, Celeste! — eles responderam em uníssono, aceitando os doces que ela ofereceu para o grupo.

— FELIZ NATAL! — a voz estridente de Pirraça ressoou pelos corredores, ele começou a lançar torrões de carvão no grupo, sua risada ecoando como sinos distorcidos.

— Corram! — gritou Fred, e o grupo disparou pelo corredor, soltando gargalhadas enquanto esquivava dos torrões de carvão.

— Que bagunça está... — Filch apareceu de repente no corredor. Antes mesmo que pudesse pronunciar a palavra "detenção", o zelador tropeçou nas crianças e caiu no chão. Pirraça gargalhou ainda mais alto, jogando carvão no zelador caído, que, enfurecido, gritava palavrões em direção ao poltergeist.

O dia prometia ser divertido, e o grupo de amigos não hesitou em convidar Celeste para se juntar a eles. Com o céu azul-claro e o sol brilhando sobre a neve recém-caída, eles começaram a criar bonecos de neve. Cada um trazia seu próprio toque especial, adornando-os com cachecóis coloridos e narizes de cenoura tortos.

A brincadeira logo se transformou em uma animada guerra de bolas de neve, enchendo o ar frio com risadas. Celeste, com agilidade, desviava das bolas de neve com destreza, enquanto Rony, entre gargalhadas, mal conseguia evitar ser atingido.

À medida que o dia avançava e o frio se tornava mais intenso, o grupo decidiu buscar refúgio no calor do castelo. A garota de cabelos negros sugeriu uma aventura até o quarto andar. Movendo-se furtivamente, eles correram escada acima, seus passos ecoando pelos corredores antigos.

— Nunca tentei conjurar algo tão grande assim, não sei se vai ficar bom — confessou, com um nervosismo evidente. Fechando os olhos, ela balançou a varinha. — MagiCulinarius Maxima!

Num instante, o espaço antes vazio se transformou numa cozinha mágica. As paredes de pedra do castelo deram lugar a azulejos brancos, o teto se rebaixou para acomodar luminárias encantadas que pendiam. Harry Potter e os Weasleys observavam, boquiabertos, enquanto mesas robustas, fornos e utensílios de cozinha surgiam, movendo-se com vida própria.

— Uau! Isso é demais! — exclamou Rony, com os olhos arregalados, correndo até uma das mesas e tocando tudo que podia.

— Eu amo magia! — Harry, por sua vez, observava cada detalhe, a mente já fervilhando com as possibilidades daquela magia.

— Eu nunca vi um aluno do primeiro ano ser tão talentoso assim! A não ser quando eu era do primeiro, claro — George brincou, dando uma piscadela para Celeste.

Eles se aproximaram das mesas, onde formas de biscoito e tubos de glacê já estavam prontos para uso. Rony, concentrado, cortava a massa de biscoitos utilizando formas de bengalas e flocos de neve, enquanto Harry se dedicava a decorar.

Com mãos habilidosas, Celeste adornava sua casa com M&M's coloridos e delicados traços de glacê, enquanto a casa de Fred e George parecia ter sobrevivido a um terremoto, com sua estrutura torta, quase se despedaçando.

— Arrasamos!—  Os gêmeos exclamaram juntos, com um alto e entusiasmado bater de mãos.

Grandes canecas vermelhas de chocolate quente com marshmallows surgiram na mesa, o calor do líquido derretendo os doces e criando uma camada cremosa. Os garotos riram e conversaram animadamente, saboreando o chocolate quente enquanto bigodes de leite se formavam acima dos lábios.

Let The Light In | Fred WeasleyWhere stories live. Discover now