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Uma semana se passou e Celeste estava ajudando na limpeza das bombas de bosta, uma tarefa que se revelou uma grande nojeira

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Uma semana se passou e Celeste estava ajudando na limpeza das bombas de bosta, uma tarefa que se revelou uma grande nojeira. Os gêmeos não paravam de falar, e quando a garota reclamava, eles respondiam com provocações: "Cuidado, irmão, ela pode quebrar seu nariz" ou "Atenção, esse cão raivoso pode morder sua canela".

— Ela fica espalhando mentiras sobre mim e minha família, forma grupos de garotas para me humilhar no meu primeiro dia de aula, e eu é que devo pedir desculpas? — Celeste bufou, jogando-se contra o sofá de couro da sua comunal.

— Mas você não pode sair quebrando o nariz das pessoas! — Repreendeu Cedrico, sentando-se ao seu lado e estendendo seu pacote de feijõezinhos mágicos que ela aceitou.

— Hum! Caramelo! — Lambeu os lábios. — Espera aí! Você está defendendo a Granger?

— Não estou defendendo ninguém. — Disse calmamente. — Eu não acredito que a atitude da Granger foi correta, de forma alguma, mas a sua também não foi a melhor opção. Mas se fosse comigo, eu teria feito a mesmíssima coisa — Ele jogou outro feijãozinho na boca, arrependendo-se no mesmo instante e fazendo uma careta. — Eca! Vômito!

Apesar da fama que estava ganhando, Celeste nunca fora uma garota agressiva. Pelo contrário, as pessoas a elogiavam por sua doçura e bondade. Essas características eram transmitidas até mesmo por seus grandes olhos, que Draco costumava comparar a duas estrelas marrons brilhantes.

Celeste é uma garota tímida e insegura. Esses traços se desenvolveram com o afastamento de seu pai. Ela nunca compreendeu completamente os motivos por trás das atitudes dele.

Suas memórias com Cassian eram escassas, mas as que conseguia se lembrar, ele era um homem amoroso, cuidadoso e protetor.

Na infância, Celeste enfrentou crises compulsivas e epilépticas intensas, que resultavam em perda de memória e ferimentos.

Seu pai, então, a proibiu de ter contato com qualquer pessoa de fora. As salas encantadas que ele pai criara na infância e os elfos domésticos eram sua única companhia. Os elfos eram trocados a cada 15 dias, ou até menos. Celeste batia na porta do quarto ou do seu escritório, mas ele a ignorava ou inventava desculpas para não vê-la. Ele faltava às refeições, deixando-a completamente sozinha. No início, a solidão pesava sobre Celeste, mas com o tempo, ela se acostumou e passou a rejeitar a presença de seu pai e qualquer sentimento que pudesse nutrir por ele.

A falta de sua mãe também a atormentava. Ela nunca chegara a conhecê-la, mas Narcisa Malfoy contava histórias sobre a mulher. Sua mãe parecia uma bruxa grandiosa e amorosa. Celeste se perguntava se, caso sua mãe não tivesse morrido durante seu parto, ela a amaria ou a abandonaria.

Celeste, apesar de não ser muito habilidosa em fazer amizades, encontrou em Luna Lovegood uma companheira cativante. Luna, apesar de sofrer com o bullying devido ao seu jeito avoado e às histórias que contava, conquistou sua confiança. A garota apreciava a companhia de Luna, que não apenas arrancava risadas dela, mas também a ensinava coisas novas.

Ela também manteve a antiga amizade com Draco, embora fosse mais complicada. Draco fazia parte de um grupo que, em sua opinião, não passava de um bando de idiotas.

No entanto, eles gostavam dela, mesmo que não fosse da sonserina, ela era membro de uma linguagem ancestral de sangues puros, Os seraphim, sua família era sinônimo de nobreza.

Apesar de seu sangue puro e sua nobreza, Celeste não compactuava com os atos praticados por eles contra os nascidos trouxas.

Corrija: Cedrico era o menino com quem ela mais gostava de passar seu tempo. Além de ser atraente, não apenas pela aparência, mas por toda a sua forma de falar e se portar, ele era divertido e sempre estava sorrindo, até para contar o pior cenário possível que alguém poderia imaginar. Mesmo sendo do terceiro ano e cada vez mais popular, Cedrico nunca a abandonou, mesmo na presença de seus amigos mais velhos. Ele permaneceu leal, defendendo-a quando um grupo de garotos tentou expulsá-la da comunal, alegando que ali aconteceria uma reunião exclusiva para os membros populares da casa e não para crianças. Cedrico declarou que se Celeste não era bem-vinda, ele também não tinha interesse em participar. Sem hesitar, ele deixou o local ao lado da menina.

Recentemente, os alunos do primeiro ano receberam a notícia de que o Acampamento Lago Negro se iniciaria em breve, uma experiência especialmente designada para eles. O propósito do acampamento era claro: ensinar aos jovens bruxos e bruxas como sobreviver em ambientes hostis.

Os novatos estavam agitados e ansiosos com as histórias que circulavam, especialmente aquelas contadas por Fred e George, que relatavam suas próprias experiências no acampamento, enfrentando criaturas como trasgos, vampiros e até mesmo lobisomens.

Luna Lovegood levantou a cabeça de um pergaminho interminável, uma tarefa atribuída pelo Professor Snape, e perguntou com sua característica curiosidade:

— Será que vamos ter que lutar contra lobisomens de verdade?

Enquanto isso, Celeste, estava absorta em sua arte. Sentada na grama macia, ela manuseava sua paleta de aquarela. A solidão que enfrentou no passado a levou a cultivar diversos hobbies, mas a pintura era, sem dúvida, sua paixão.

Cedrico, após um treino exaustivo, aproximou-se das garotas, seu suor evidenciando o esforço físico que havia feito.

— Isso é tudo lorota — disse ele, tentando recuperar o fôlego.

Celeste, sem desviar o olhar de sua obra, respondeu com uma careta.

— Ced, você está um caco! Melhor manter distância!

— Ah! É? — disse ele com um sorriso malicioso, fingindo indignação.

— Nem pense nisso!

Mas já era tarde. Cedrico avançou, envolvendo Celeste em um abraço apertado, enquanto ela tentava, em vão, se desvencilhar com chutes e socos.

— Vocês são terríveis! — Luna não pôde conter o riso diante da cena.

Let The Light In | Fred WeasleyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora