Ia passar tranquilamente por ela, quando...

– Mais uma para a lista da Condessa Lippucci. – ela solta com a voz temperada que me faz parar e me virar para ela. – Não me olhe assim, você foi mais uma entre tantas, ouviu bem? Diante mão, digo: Não crie expectativa e muito menos esperança, ela não fica com mulheres do seu tipo, é apenas um leve passatempo.

Pisco algumas vezes, surpresa pela abordagem. Abro a minha boca para responder quando me dou conta... Olho bem para a garota de pele alva e cabelos acobreados... Os seus olhos esverdeados estavam enciumados, quase agressivos. Então, eu soube... Rebecca tem um caso com ela. Sinto o meu sangue chicotear de ódio e ciúme pelas minhas veias, porém, a única coisa que exibo é um sorriso de lado, quase sarcástico, frio, demonstrando algo que estou muito longe de sentir.

– Assim como você? – pergunto com tranquilidade.

– Como? – ela pergunta surpresa, a palidez torna a sua pele mais alva, quase translucida.

– Oh, Barbie, assim você me decepciona. É capaz de afrontar, mas não é capaz de entender o óbvio? – estralo a língua com falsa chateação, deixando-a bem vermelha, quase igualando com a cor dos seus cabelos. – Você já parou de criar expectativa e esperança com a Rebecca ou é um discurso pronto que você faz questão de dizer as outras como um lembrete a si mesmo que não passará apenas de mais uma na cama dela?

Ela abre a boca e fecha diversas vezes, cerra os punhos, irritada.

– Você não sabe do que diz. Eu e a Reb... Lady Lippucci temos algo em especial, o que não vale a pena lhe explicar, já que o que eu tenho com ela não é da sua conta. – solta com altivez. – Você não nos conhece!

Sorrio abertamente.

– Reformulando a sua resposta: Eu não conheço você. Mas conheço muito bem a Rebecca. – respondo com um dá de ombros. – E digo á você com todas as letras: Eu não sou como as outras. Eu vou muito além das outras. – digo com orgulho. – Sabe por que? Ao contrário de você que vive com suposições criadas em sua cabecinha, eu e Rebecca temos uma história, um passado, vivemos o amor cru. Ela me amou loucamente, me amou mais do que a sua própria vida. E o que aconteceu no escritório foi a prova viva de que ela continua me amando e me desejando mais do que tudo. – dou um passo à frente, ignorando o quase colapso da outra. A olho com seriedade e um pingo de ameaça. – Por tanto, digo-lhe que tenha cuidado comigo e apague a ilusão de que vai ter um futuro com Rebecca. Ela é minha e eu a quero bem longe da minha mulher, porque se eu imaginar que você tentou cravar essas suas unhas de gatinha nela, vai ter que se resolver comigo. Entendeu, bebê?

Ela solta o ar, freneticamente, os seus olhos se arregalam um pouco, mas se mantém parada no mesmo canto.

– Você não tem nenhuma propriedade em relação a Rebecca. – ela solta com a voz um pouco baixa. – Que eu saiba, ela é viúva e não tem absolutamente nada com você. Se tivesse, não tinha ordenado que os empregados arrumassem as suas malas e deixassem na sala para você levar ao sair. – fico surpresa com a informação. A pes/te sorrir, feliz com a minha reação. – Acho que não levarei em conta com a sua ameaça, não é mesmo? Cão que late, melhor dizendo, cachorra que late, não morde. Não vou me amedrontar por uma mulher com complexo do passado, estamos no presente. – ela solta os ombros.

Ardilosa, com a língua afiada. Tenho que convir que talvez, essa garota seja um problema no futuro. Tento me manter relaxada, ao menos, na frente dela. Não estou acostumada a ser afrontada por empregados. Isso não deve se tornar um hábito.

– Seu cabelo. – digo, de repente, olhando fixamente para os fios avermelhados.

– O que tem? – ela pergunta, confusa, passa a mão sobre eles que estão implacavelmente penteados.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now