Capítulo 13

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- Eri - Tentei acordar a menina que soltou um grunhido manhoso. - Acorda filha, tu tens aulas hoje.

- A minha cabeça dói muito. - Agora que ela se virou para mim, eu vi que sua pele estava com um tom avermelhado, toquei em sua testa e ela estava febril.

- Deve ser um resfriado, vou pegar alguns remedios, logo...logo isso passa.

Fui para o armário do meu banheiro, onde ficavam alguns medicamentos, os da Eri já estavam bem-organizados, não era novidade ela ficar doente de vez em quando, confesso que foi difícil quando bebezinha, já que quase sempre corria para o hospital, mas agora ela era um pouco mais estável. Pego os medicamentos para resfriado e volto para o quarto dela, onde ouço minha pequena gemer de dor.

- Mamã- disse entre pequenos gemidos dormentes, e voltou a repetir por vezes incontáveis. A palavra "mamã" carregava um peso em sua voz.

- O papá está aqui, filha. - Ele olhou para mim como se não fosse eu quem ela desejava no momento e pude claramente perceber isso. - Toma o seu remédio e essa dor vai desaparecer logo.

Ela assim o fez. E depois de alguns minutos voltou a dormir.

- Sawaga-san, cancele toda minha agenda de hoje, não poderei aparecer por alguns assuntos de extrema urgência. - Meu secretário, um beta de estatura média de vinte e poucos anos, respondeu que sim. - Sim, pode transferir tudo para amanhã. - Ouvi os seus suspiros, ninguém disse que trabalhar para o CEO é fácil. - Sim, eu sei que tudo estará por um fio, sim serão horas extras. - Fui logo arranjar um rabugento como secretário. O quão desesperado estava? Enfim, voltei a dar atenção no que ele dizia, enquanto descia a longa escada indo para cozinha. - Eu pago horas extras. Eu mando o dinheiro dos presentes para os pedidos de desculpa. Sim, tenha um bom trabalho.- Encerrei a ligação, aff!

Então preparei um mingau para ela comer, depois de pronto, eu deixo arrefecer um pouco mais.

- Vamos filha, come só mais um pouco

- Chega, não quero mais, papá.

- Tudo bem meu anjo, descansa um pouco. - Dei um beijo na sua testa e a deixei dormir, um pouco mais, a fim de se recuperar rápido.

Estava cansado, acho que tirar um cochilo na poltrona não será má ideia. Mas infelizmente não consegui adormecer, mil e umas coisas martelavam o meu cérebro. Não tive um minuto de paz. Parecia o paraíso da distrição.

E foi assim pelas próximas horas. Depois de soltar hormonas para confortar a minha pequena e conseguir fazer ela comer, acho que agora estou pronto para tirar esse cochilo, senão eu irei apagar.

Recebi uma mensagem de Hari a dizer que estava a caminho daqui. Menos de uma hora eu creio. Mas isso não vem a tona agora.

Agora, de forma inconsciente eu disquei o número "dele". Mas ligo? Será que ele vai atender? Eu quero muito ligar, mas parece que os meus dedos congelaram, simplesmente não a resposta ao estímulo motor. Por kami! Eu preciso respeitar o tempo dele, por mas que não esteja de acordo, que eu queira conversar sobre como tudo foi um mal-entendido. E mesmo que eu peça de joelhos, eu não acho que serei perdoado tão cedo.

Bem lá no fundo se eu estivesse no seu lugar, também não gostaria de alguém como eu. Eu não o mereço. Despertei dos meus devaneios com o som da campainha.

- Já vai! - Ouvi o terceiro toque da campainha. Hari nem sequer bate a porta ou toca a campainha. O homem tem a chave da minha casa.

Melhor ver quem é. Senão com esse pequeno eco, Eri vai acordar

I WANT YOUWhere stories live. Discover now