I WANT YOU

Capítulo 4

KAI'S POV

Acordo cedo como sempre, tomo um banho, visto e vou fazer o mesmo na Eri.

— Bom dia filha, dormiu bem? — Despertei a dorminhoca com um beijo em sua testa.

— Hummm! Bom dia papa. Hoje é sexta? — Perguntou esfregando os olhos.

— Sim, porquê? — Gostaria de saber o que sexta tinha a ver.

— Papá, hoje você vai chegar tarde também? — Eri pergunta triste.

— Oh filha, eu sinto muito, o papá tem tido muito trabalho por fazer nesses últimos dias. Eu sei que prometi passar um tempo contigo, mas o Tio Haru fica com você hoje. Que tal? — Fiz a sugestão que não foi recebida de braços abertos.

— Humm...— Eri fez um sonido, essa mania ela herdou do meu pai.

— Que cara é essa? — Perguntei para ela.

— Tio Haru não sabe brincar, ele sempre ganha! — Eri cruza os braços.

— Você vai poder brincar o dia todo com Kota. Então, não liga para o bobão do tio Haru.— Sorri para ela, mas parece que não a convenci.

— Eu não estou a falar com o Kota!— Faz um biquinho.

— Ah? Porquê? — Perguntei porque eles se dão muito bem.

— Ele me trocou por outra pessoa. — Eri diz emburrada.

— Hum! Já vejo, que tal você falar com ele e descobrir como é a outra pessoa e assim todos viram amigos, não acha bom?"

— Gostei da sua ideia, papá! — Ela dá pulinhos, enquanto de uma forma desajeitada eu tento prender o seu cabelo. Que sempre acaba sendo melhorado pela professora Uraraka. Sinceramente, ainda não peguei o jeito.

Pego ela no colo e desci as escadas para sairmos de casa, ainda era cedo, não gostava de estar atrasado, então a coitadinha acordava muito cedo também. Prendi ela na cadeirinha e rumei até a sua escola. Quando chegamos no local desejado, ela ficou estranhamente calada.

— Eri, tudo bem, filha? — Chamei a atenção dela.

— Hum... papá, será que o Kota vai voltar a ser meu amigo? — Seus olhos vermelhos estavam marejados.

— Ele vai, e vai amar brincar com você novamente. Então não fica triste ou queres que ele veja a tua carinha assim?

— Não! Obrigada, papá. — Eri secou os olhos e desprendeu o cinto, mas ela não desceu sem mim, porque sabe que é perigoso.

— Tenha um bom dia, filha. — Depositei um beijo em sua testa antes dela correr para dentro do colégio.

— Obrigada papá. Tchau — Ela corria sem ao menos tropeçar uma única vez.

— Adeus, meu amor! — Acenei com a mão em sinal de despedida.

Dirigi até a sede da empresa, enquanto pensava se estaria sendo negligente na educação dele. Deve ser difícil para Eri ficar muito tempo sozinha, sem ambos os pais, quando dei por mim, em poucos minutos já havia chegado na sede da empresa. Estava tudo calmo e pouco movimentado, o normal daqui.

Pouco tempo depois, eu comecei a ler os e-mails na caixa postal, que só falta jogar todos na minha cara de tão cheia que ela está. — AFF! Isso vai ser cansativo!