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Eu estava decidida a saber o que Joe tinha, e parecia que os professores sabiam, já que nunca haviam advertido ele por perder tantas aulas, quer dizer, perder tantos pontos assim e continuar a estudar numa boa?
Após o intervalo, notando que ele não havia vindo para a aula de biologia, saio da sala, indo em direção a enfermaria, que foi onde achei que ele iria sempre que saia das aulas. E eu estava certa.
Ao abrir a porta devagar, o vejo de costas, sentado próximo a uma das janelas, olhando para fora. E só agora percebo a sua cabeça raspada, que até semana passada não estava assim.
Acabo fazendo barulho na porta, fazendo com que ele se virasse assustado, colocando o gorro em sua cabeça rapidamente, e ao ver que era eu ali, sua expressão muda, pra pura raiva.
— Ah... Eu só vim pedir um remédio... — Tento me justificar, vendo ele vir até mim.
— O que acha que está fazendo, garota? — Ele aperta o meu braço, me olhando furioso.
— Por que vem tanto aqui? — Pergunto, não contendo minha curiosidade.
— Não é da sua conta. — Responde entre dentes.
— O que está acontecendo aqui? — Cora aparece, com um semblante confuso, e aproveito esse momento para correr de volta para a sala.
Após o fim das aulas, ao sair da escola, vejo um mutirão se formar ao lado do mesmo, indo até lá para verificar. E ao me aproximar, vejo uma pichação enorme, com desenhos e palavras pesadas, e o nome Taylor se destacando entre eles.
— Não sabia que gostava dessas coisas, princesinha. — Falavam ao me verem se aproximar.
— O que...? Não fui eu quem fiz isso.
— O que está acontecendo? — Edward vem até mim.
— Parece que tem alguém querendo nos prejudicar.
— Que rebelião toda é essa?
Não acredito que chamaram a diretora.
— Veja com seus próprios olhos. — Um deles responde, sorrindo.
— Quem fez esse vandalismo nas paredes da escola?
— Acho que o nome diz claramente quem foi. — Joe e Paul também se aproxima, com um sorriso presunçoso no rosto.
Foram eles. É claro, ele não gostou de eu ter o espiado mais cedo.
— Vai a merda, não fomos nós! — Edward responde.
— E por que tem o seu sobrenome aqui? Isso é um tanto quanto narcisista. — Paul debocha.
— Vamos embora daqui Lysandra, não vamos pagar por uma coisa que não fizemos. — Ele segura o meu braço, mas o solta quando ver a expressão de dor que faço. — O que foi? Quem fez isso?
Olho para o meu braço, vendo está com umas pequenas marcas esverdeadas, no lugar onde Joe havia apertado.
Desvio o olhar do dele constrangida, e isso é o suficiente para que ele entendesse toda a situação.
A conexão de gêmeos que temos é mesmo real.
— Seu filho da puta, pra mim já deu! — Edward avança pra cima de Joe, acertando um soco em sua boca, que o faz cuspir sangue.
— É só o que sabe fazer? — Diz Joe, sorrindo com os dentes vermelhos de sangue, e em seguida, acerta o meu irmão no olho direito.
— Edward! — Tento interferir, mas me seguram.
Vejo o olhar de Joe mudar de repente, igual foi no refeitório, e Edward, cego de raiva, acerta outro soco em seu rosto, fazendo com que Joe caísse no chão desacordado.
Não demora para que uma ambulância chegasse para levar Joe, e a polícia para levar Edward.
Choro desesperada, sem saber o que fazer, e minutos depois, Roy para o carro em frente a escola.
— Roy, levaram o Ed! — Falo, não conseguindo conter o choro.
— O que? Que merda... — Ele me olhava apreensivo. — Vamos, vou te levar para casa.
— Mas e o Edward?
— A essa altura, com certeza os seus pais já estão sabendo.
— Então vamos logo. — Corro até o carro.
— Serei demitido, com certeza... — Fala, assim que entramos.