— Você não acha que o Digorry é um pouco velho para ser seu namorado? — Liane perguntou, levantando-se ao lado de Susana.

— Tá doida? Eu e ele somos praticamente irmãos!

Liane, com um sorriso malicioso, cutucou Celeste.

— Mas você não pode negar que ele é um gato, não é mesmo?

Celeste soltou uma pequena risada contida, sabendo que não podia negar a beleza de Cedrico, mesmo que não o visse da mesma forma que algumas de suas colegas.

— Bem, ele tem seu charme — admitiu ela, dando de ombros.

Luna estava ali, perto o suficiente para que sua presença fosse notada. Ela se inclinou ligeiramente, os olhos brilhando com uma curiosidade inocente, refletindo a luz do grande salão.

— Guardei dois pudins aqui no meu uniforme, um é seu e o outro é meu! — ela cochichou, entrelaçando seu braço no de Celeste com um sorriso. — Mal posso esperar!

Quando chegaram à beira do Lago Negro, desviaram-se para a floresta oposta à área proibida.

— Boa tarde, jovens bruxos! — saudou Hagrid com um sorriso caloroso. — Sejam bem-vindos ao Acampamento do Lago Negro. Aqui, vocês vão aprender tudo o que é necessário para sobreviver em ambientes selvagens. E não se preocupem, não temos criaturas perigosas por aqui... Por enquanto.

Luna lançou um olhar sonhador para a floresta circundante.

— Por favor, formem grupos de quatro pessoas com membros de casas diferentes — instruiu Minerva. Um murmúrio de descontentamento percorreu a multidão. — Imediatamente!

— Ainda bem que não somos da mesma casa — Luna disse com um sorriso, olhando para os outros estudantes.

— Ei, Estrelinha, quer se juntar ao meu grupo? — Draco se aproximou com um sorriso arrogante, lançando um olhar de desprezo para Luna, que ainda estava de braços dados com Celeste. — Parece que a detenção com os Weasley te deixou louca. Até andando com a Di-lua você está.

O desdém em sua voz era palpável.

— Olha, tem uma coisa — Luna apontou calmamente — Bem atrás de você...

Draco soltou um gritinho agudo e estrangulado, mas não havia nada lá.

— Louca! — ele exclamou, afastando-se rapidamente, ainda assustado.

— Eu também posso ver — Celeste falou, observando a criatura com interesse. Ela olhou em volta para os alunos que formavam seus grupos, indiferentes à presença da criatura. — Parece que só nós duas conseguimos ver, Luna.

Luna se aproximou da criatura com passos lentos, estendeu a mão e acariciou seu focinho. O bicho não se assustou nem reagiu, permitindo que ela continuasse a acariciá-lo.

— Chega de resmungar, Sr. Potter! Você não nasceu colado na Srta. Granger, e até onde eu sei, você também não é um Weasley! — Minerva passou pelas crianças, seguida por Harry Potter. — Não me digam que vocês também estão sem grupo!

Minerva olhou para as garotas, que confirmaram com um aceno.

— Problema resolvido. Potter, você está no grupo delas agora. Encontrem um Sonserina e tudo estará resolvido.

— O que é aquilo? — Harry perguntou, olhando na direção que Luna apontava.

— Você está vendo? — Celeste perguntou, e Harry assentiu.

— É um Testrálio ... — Luna sorriu para a criatura. — Apenas aqueles que já estiveram muito próximos da morte podem vê-los...

Celeste olhou para Harry, que ainda parecia confuso, mas havia uma ponta de fascínio em seus olhos verdes. Ela sabia que ele tinha visto a morte mais de perto do que muitos, e isso também sabia que Luna tinha precedência a morte de sua mãe, mas é quando a ela? Ela não se lembrava de algum acidente de quase morte, ou de ver alguém morrer.

— Eles são belos, não são? — disse ela, sua voz suave. — Eles têm uma presença tão tranquila.

Harry assentiu, observando o Testrálio. Ele sabia que Luna estava certa, havia uma beleza na criatura. Celeste, por outro lado, estava fascinada. Se aproximou, estendendo a mão hesitante para tocar o Testrálio, mas parou, olhando para Luna em busca de aprovação.

— Vá em frente — Luna encorajou com um sorriso. — Eles não mordem.

Com um sorriso tímido, Celeste tocou o Testrálio, e uma expressão de maravilhamento se espalhou por seu rosto.

— É incrível — ela murmurou.

— Incrível! — Disse o menino.

— Vamos encontrar um sonserino — disse a loira, puxando Celeste e Harry para longe da multidão. Eles não precisaram procurar muito, um garoto alto com cabelos negros e olhos cinzentos os observava de longe, sua insígnia da Sonserina brilhando sob a luz do sol que se infiltrava pelas árvores.

— Blaise Zabini — Celeste murmurou baixinho, reconhecendo o estudante que se aproximava com um andar confiante.

Blaise avançou em direção ao grupo, ostentando um sorriso irônico.

— Potter, Luna Lovegood e... — ele fez uma pausa dramática, seu olhar pousando em Celeste com um brilho zombeteiro. — Estrelinha — disse ele, com uma imitação zombeteira da voz de Draco Malfoy, arrancando risadas abafadas dos colegas ao redor.

Let The Light In | Fred WeasleyWhere stories live. Discover now