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A música desse capítulo é “Dolores” do Xamã com a Agnes Nunes

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A música desse capítulo é “Dolores” do Xamã com a Agnes Nunes. Coloca no repeat antes de começar a ler!
E a meta é +500 porque olha... Tá especial e me fez chorar, hein??
E por favor: LEIA AS NOTAS FINAIS!
Boa leitura! 💗✨

𝐏𝐈𝐋𝐀𝐑 𝐃𝐔𝐀𝐑𝐓𝐄
📍RIO DE JANEIRO, BRASIL
~ dia seguinte

“Querido bebê...

Você pediu pra comer bem tarde essa noite e seu papai não gostou muito da ideia, mas acabamos descendo pra cozinhar juntos.

Foi o primeiro momento que conseguimos conversar sem brigar e foi... Bom, acredita? Contei pra ele que meu filme favorito é 'Casa comigo?' e tô contando pra você agora porque um dia, quando você já for maiorzinho, espero que assista. Vai aprender que nem tudo na nossa vida acontece como planejamos.

Eu sou a prova viva.

Também conheci seus avós e percebi que você vai ficar em boas mãos quando eu não estiver mais aqui. Eles são divertidos, amorosos e estão ansiosos pela sua chegada.

Sem pressa, tá bom?

Com amor... Da sua casinha por enquanto.”

—Bom dia mocinha — A voz da mãe dele me alcança e eu passo a mão no rosto pra afastar as lágrimas.

—Bom dia, dona. Desculpa — Funguei.

—Dona não, que tal me chamar só de Lindalva? Ou Linda, como você preferir — Ela puxa uma cadeira em frente à minha — Posso perguntar o que você estava fazendo?

—Hum... — Encarei os papéizinhos na mesa, acho que nunca escrevi tantos recadinhos num dia só, mas sai do quarto dele com ele ainda dormindo e me peguei pensando um monte de coisas tipo...

Ele prometeu que ia ser um bom pai, mas como posso ir embora um dia sem garantir que o bebê seja um bom filho também? Então comecei a escrever coisinhas e conselhos e... Perdi a hora.

—São cartinhas — Apertei os lábios — Pro bebê. A médica disse que posso ajudar a... Criar uma conexão com ele.

—Você não tem uma conexão com ele ainda? — Ela pergunta tocando algumas cartinhas avulsas e fico gelada. Não quero que leia nada, a maioria delas fala mais de mim do que de qualquer outra pessoa. Ou do bebê.

—Não é isso — Balancei a cabeça negativamente — Mas eu não... Hum... Não consigo tocar a barriga ainda.

Ela me olha e ensaia um sorrisinho.

—É tão assustador — Arrasta a cadeira até estar perto demais de mim — O Gabriel também não foi planejado e foi uma gravidez difícil, a gente levava uma vida muito simples naquela época, não tinha condições de criar um filho sabe? — Toca minha mão — Então o sentimento de ficar assustada e achar que não dá conta... Eu conheço bem, mas você não tá sozinha. Tem a gente.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora