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𝐏𝐈𝐋𝐀𝐑 𝐃𝐔𝐀𝐑𝐓𝐄
📍RIO DE JANEIRO, BRASIL
~ mansão do Gabigol

A porta do quarto dele bate com força. Entendo isso como um: não me perturbe. Até porque ele já é perturbado o suficiente.

Pós-jogo parece ser sempre assim. O Fábio chega com ele, os dois sobem a escada juntos, cada um entra pro seu quarto. Fim. Independente do resultado.

Dessa vez o resultado é péssimo. Ele nem entrou durante os 90 minutos e o time ainda perdeu. Não acompanho futebol, mas vi algumas coisas no Twitter noite adentro.

Deve ser tipo... Quatro horas da madrugada agora. Eu ainda não consegui nem fechar a porra do olho pra tentar dormir. Parece que qualquer posição me incomoda, mesmo que eu não esteja com a barriga do tamanho do mundo. E meu estômago tá roncando porque o que comi antes de deitar, coloquei pra fora.

E tá chovendo.

Tipo... Muito.

E mesmo assim eu estou suando. A camisa de manga parece me sufocar e eu realmente preciso comer alguma coisa.

Joguei as pernas pra fora da cama praguejando por não conseguir encontrar a havaiana. Desisti. Abri a porta descalço e desci as escadas devagar, observando o clarão feito pelos raios nas janelas da sala.

Vou comer o que?

Ultimamente nada me enche os olhos e as coisas são meio estranhas nessa casa. Comida regrada pro jogador, nada de besteiras... Sei lá, só queria comer um doritos e beber uma coquinha trincando de tão gelada.

A luz da cozinha tava ligada quando cheguei e o jogador estava sentado na mesa com uma tigela de leite e sucrilhos que não faço ideia de onde arranjou.

—Não... Hum... Não sabia que você tava aqui — Apertei os olhos.

Ele levou uma colher cheia de sucrilhos até a boca e eu salivei. Meu Deus. Parecia estar tão crocante, talvez se eu chegasse mais perto conseguiria ouvir o barulho dele mastigando e...

—Não dorme? — Ele perguntou depois de engolir.

—Não — Murmurei.

Ele ergueu uma sobrancelha, afastou a vasilha e jogou o corpo pra trás na cadeira.

—O que foi dessa vez? Colocou todas as tripas pra fora ou tá com medo da chuva?

Apertei os olhos com força. A mandíbula também. Tanta força que chega a doer.

—Opção um. Desci pra ver se conseguia comer alguma coisa — Limpei a garganta.

—E não escutou a porta do meu quarto batendo? — Ergue uma sobrancelha, como se estivesse dizendo que estou fazendo de propósito.

𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐁𝐄𝐁𝐄 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋 (𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora