Quero a luz dos olhos meus na luz dos olhos teus sem mais lará-lará

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Jungwon assim que botou os pés em seu quarto, olhou pela janela e conseguiu ver Jay andando lentamente, chutando uma pedrinha ou outra na calçada, e ficou ali o observando até que ele sumisse de vista. Se lembrou de dar uma olhada nas redes sociais, e se surpreendeu ao ver que foi marcado nos storys de alguém, e no segundo seguinte surtou. Tinha sido mencionado nos storys de ninguém mais, ninguém menos que o Park. E sorriu no momento em que viu as fotos, totalmente espontâneas e ele nem sabia que tinham sido tiradas.

A primeira era maravilhosa. Simplesmente foi fotografado com o cachorrinho do Pet Shop mais cedo, no momento em que ele lambeu a pontinha de seu nariz. Com certeza iria exigir que o mais velho enviasse a foto para tê-la na galeria também. Estava se sentindo absurdamente especial naquele momento, seus olhos até se encheram de lágrimas e ele suspirou. Tinha encontrado alguém.

Aproveitou para dar uma olhada no perfil de Jay, e o que viu foi exatamente o que imaginou – em partes.

Tinham diversas publicações de flores que ele cultivava, fotos com seu avô, e algumas de comidas que o próprio fazia. As publicações eram poucas, mas nos destaques tinham mais algumas. Todas exibiam o dia a dia tranquilo que o rapaz levava, e uma sensação de aconchego também.

Jungwon então suspirou baixinho e se jogou na cama, encarando o teto. Era sortudo, com certeza. No fim, seus olhos começaram a pesar e ele adormeceu ali mesmo.

Jay acordou no dia seguinte bem cedo, prevendo a surpresa que iria fazer para Jungwon. Sentia o nervosismo correr em suas veias, junto da ansiedade que era deveras grande em seu peito. A primeira coisa que fez foi cumprir com os seus deveres em casa. Preparou o café de seu avô com todo amor e carinho, o serviu e deu um beijo em sua testa, dizendo que iria sair mas voltaria a tarde.

Foi correndo apressado até o Pet Shop do dia anterior. Com um sorriso no rosto ele passou pela porta, se deparando com a funcionária que o ajudou.

— Tudo certo? — questionou sorridente.

— Sim! Vou buscá-lo, só um segundo.

Ela se retirou para os fundos, deixando o platinado ali, observando a loja. Ele resolveu comprar algumas coisas. Uma coleira amarela, potinhos de ração e tudo o que um filhote precisava. Foi quando ouviu uma porta se fechando e se virou, vendo um filhotinho pequeno nas mãos da moça.

— Aqui está ele. — ela sorria, acariciando o pelo curto do animal.

— Obrigado! Vou levar algumas coisas também. — ele as colocou sobre o balcão.

Saiu de lá com algumas sacolas e o cachorrinho dentro de uma caixa de papelão, o bichinho era esperto e olhava tudo ao seu redor, com a língua pra fora e o rabinho fino abanando. Jungwon nem imaginava o que estava por vir e o Park esperava que gostasse.

Jungwon acordou sem entender muito bem como havia caído no sono, mas não se importou, porque estava feliz. Foi lentamente até o banheiro e abriu o chuveiro, se despindo e entrando debaixo da água, fazendo uma careta porque estava gelada. Saiu com a toalha enrolada no corpo e aos poucos foi despertando. Escovou os dentes e arrumou o cabelo. Depois pegou uma roupa limpa e colocou. Queria algo mais leve por causa do clima quente, então optou por uma bermuda simples e uma camisa. Antes de descer as escadas, cuidou de suas plantas e sorriu satisfeito, sentindo a brisa vinda da janela. Foi quando olhou para baixo e o viu.

Jay vinha caminhando alegremente pela calçada com sacolas e uma caixa. O Yang sentiu o coração bater forte no peito, afinal, por que o mais velho estava ali?

Desceu as escadas correndo e assim que bateram na porta ele já estava com a mão na maçaneta.

O platinado talvez não esperasse que fosse ser atendido tão rapidamente, então se surpreendeu e depois sorriu. E que sorriso… Jungwon sentia que para o dia ser bom ele só precisava ver aquele sorriso.

FLORICULTURE | JayWonWhere stories live. Discover now